SÍMBOLOS
Depois das "coisas" da última publicação, os símbolos delas, delas coisas. Há muito
quem diga que as sabedorias ancestrais do Homem o têm acompanhado ao longo das
idades sob formas crípticas, sinais a que a memória foi dando tratamentos, foi deformando,
até à perda dos significados de orígem. Quem perseverou na consideração do
valor dos símbolos enquanto mensagem
desbravou o futuro, por saber que uma forma de penetrar as linguagens
essenciais do Homem é proceder à decifração dos símbolos.
Se as palavras são símbolos, conhecimento haverá na memória
humana impossível de reduzir ao som de uma palavra que o vento leva consigo,
podendo todavia consubstanciar-se de modo mais efémero até num gesto, e mais
ainda numa imagem de compreensão imediata ou restrita, alcançável quer por
maiorias ignaras como por minorias
esclarecidas.
Segundo se diz, os Templários, entre outras coisas, foram mestres
de simbologia. Eram uma minoria iluminada pela boa decifração dos símbolos –
por falar mal e depressa. Há quem diga que só por esse virtuosismo simbolista
se mantiveram independentes dos poderes temporais, não perdendo jamais de vista
objectivos de conhecimento humano vedados ao vulgo analfabeto. Um conhecimento
tido por benéfico ou maléfico no andar
dos séculos, segundo os circunstancialismos históricos e as conveniências e os
interesses dos poderes políticos.
O que são as garatujas que
indicam os sons que formam as palavras que constituem as línguas? Sinais.
Símbolos. Letras são sinais que organizam os símbolos; ou as palavras são
símbolos que remetem para coisas; ou as palavras são sinais que remetem para
sentidos ora literais ora simbólicos.
E o espírito tem a faculdade combinatória
que cria as noções, as associações, sons com palavras, palavras com coisas, coisas
com a realidade, a visível e a abstracta. Concepções complexas, ninguém duvide.
O que é a matemática senão uma teoria de símbolos mais do que uma teoria de coisas?
Símbolos.
Sinais. Sinal de mais, de menos, de vezes, a dividir. Sinais arbitrários. Com interpretação
fixa e sempre combinável com outros sinais em convenções universalmente
aceites, exactamente como as notas de música, que até tempos de duração
simbolizam.
Podíamos ate
definir, como Boyle, os sinais literais x, y, que podem representar coisas,
segundo as nossas concepções. Ou distinguir sinais operacionais como o mais e o
menos, que representam operações do espírito no sentido de uma combinatória das
coisas atinente a novas concepções dessas mesmas coisas, englobando os mesmos
elementos. E depois o sinal de igual. O sinal de uma identidade. E devidamente
combinados a gerar as formas conhecidas da linguagem.
E se
fossemos por aqui fora neste sentido nunca mais daqui saíamos.
Mas para
sermos verdadeiramente, e academicamente, rigorosos, teríamos de distinguir
entre símbolos e sinais. Há sinais no comportamento animal. Domesticados, os
animais respondem a sinais, os sinais enviados pelo dono. No entanto, daí ao
entendimento do elemento simbólico, e retintamente humano, que é a fala, vai
certa diferença.
Os símbolos
não são redutíveis a simples sinais. Se o sinal é uma componente do mundo
físico, o símbolo decorre do mundo do sentido, ou do significado.
O
conhecimento. O conhecimento humano é um conhecimento simbólico, porque o
intelecto bastante se alimenta de imagens. Se o símbolo não integra o mundo
físico através de uma realidade de existência, assume por outro lado a força de
um significado. É o dilema posto entre a realidade e a possibilidade.
A dimensão
da realidade alterada pela criação de um sistema simbólico deu ao Homem uma
faculdade suplementar no concerto dos outros animais, excluindo os limites da
vida orgânica.
Há quem diga
até que existe um simbolismo natural. Quer dizer, que os símbolos não são
exclusiva invenção humana, que a natureza mesma tem os seus símbolos de uma
transcendente realidade, sobrenatural realidade, porque toda a coisa que se
manifesta constitui-se como símbolo de um patamar superior de realidade, e toca
aos fenómenos ditos naturais representar fisicamente princípios superiores.
Os maçons,
decerto descendentes dos Templários, são mestres simbolistas. A simbologia
alquímica, ou maçónica, da transformação do chumbo em ouro, pode significar um
programa político de transformação, ou transfiguração, do povo, até estar preparado
para receber a coroa do poder que orna as cabeças régias – ou, num sentido
republicano e democrático, até estar preparado para exercer a soberania que
sempre lhe fora usurpada pelas cabeças coroadas.
Tempo houve
em que se quis significar por esta simbologia alquímica do chumbo transformado
em ouro como a profecia de uma queda do poder régio e a utópica subida ao poder
e à soberania dos estados de um povo doravante liberto, emancipado de qualquer
tutela política ou religiosa.
Aquilo a que
os esotéricos chamam de iniciação é, pode dizer-se, e sobretudo, um estudo dos
símbolos. Isto porque, dizem, o sagrado é sempre secreto e incomunicável a não
ser pelo símbolo que para o profano não-iniciado não significa nada de
especial.
O nosso
grande Fernando, na sua Poesia Mágica, Profética e Espiritual
estabeleceu relações apertadas entre o oculto e os símbolos. Eu próprio me inclino a
acreditar, dizia
ele, que por detrás dos símbolos, e ainda mais nos símbolos da Obra, jaz um
grande mistério cristão. A consumação da maçonaria, de qualquer modo que seja
compreendida, é a perfeita Ashlar, ou Pedra Cúbica, e a Pedra Cúbica, se
desdobrada, ou revelada, desenrola-se na cruz do calvário. Ou mais
ainda: o sentir dos símbolos, sentir que os símbolos têm vida, ou alma – que
os símbolos são gente. Mais tarde virá a interpretação, mas sem esse sentimento
a interpretação não vem.
Nem sei se valeria mesmo a pena falar do poder, ou de quanto ele
contém de simbólico. O poder é uma condição desprovida de qualquer valor de
uso. Já não se podendo dizer o mesmo quanto ao seu valor de troca.
O poder pode
ser trocado por qualquer coisa realmente valiosa para o uso colectivo. A
obediência. Por exemplo. O poder, além de tudo o mais, como factor de troca,
simboliza um valor. Um grande valor, visto que
é um símbolo que vale por aquilo que permite obter.
Se o
fundamento do poder, em última análise, repousa sobre a prerrogativa de uso da
força física, concreta, o direito a utilizá-la não é, visto linearmente, um
atributo do poder. O poder sustenta-se sobre fundamentos que são eles mesmos
símbolos da força física e capazes de a substituir.
O poder
enquanto símbolo aparece-nos, bem vistas as coisas, muito aparentado com a
moeda, com um sistema monetário que assentava no fundamento do ouro como padrão
de troca.
Num sistema
simbólico de poder avantaja-se uma ameaça de força. Sendo um elemento dissuasor
eficaz, o símbolo do poder, generalizado sob a força de sub-símbolos, alcançará
mais longe e pode ser, deve ser, um instrumento de mobilização dos recursos
para uma eficácia colectiva. O poder é um intermediário simbólico, e, desde que
reconhecidos os seus símbolos, legítimo.
E quando sou
eu a falar de símbolos, já se sabe que não me refiro apenas às alturas do
místico, do intelectualizado, do espiritual, falo também das coisas
terra-a-terra, como o Audi topo de gama do meu vizinho de
cima, o seu saco de tacos de golfe, os seus fatos Armani, Hugo Boss, Rosa & Teixeira, coisas,
e sinais, e símbolos; coisas com as quais ele simboliza a superioridade do seu
estatuto perante a vizinhança, os amigos, os colegas, o mundo inteiro por sua
vez simbolizado na população do meu bairro, na freguesia do bar onde ele pára,
ou do local onde ele trabalha. Qual é o estatuto dele? Isso já é mais
complicado. Mas também neste caso profano, que importa a essência, ou a
verdade, se tão visível e agressivo é o símbolo?
Dos símbolos psicanalíticos nem é bom falar. Nem seria bom falar
dos objectos que, segundo os psicanalistas, representam nos nossos sonhos o
nosso pai e a nossa mãe. Isso e mais as sobrecargas afectivas que infiltram
algumas palavras e que se relacionam com certas coisas.
Segundo Henri Lefébvre, o símbolo é causa e razão, age de modo
directo, produz bloqueios da consciência. O simbolismo pode tornar-se mórbido,
seja pela censura que lhe corta circuitos comunicacionais, seja pelo esforço de
o transmitir.
Por mim, gosto das simbólicas do Jung. Os arquétipos, os
misteriosos símbolos colectivos, imemoriais, presentes na consciência humana,
nascidos na obscuridade mais profunda dessa consciência. Disse assim o Jung: como
deveriamos explicar os processos religiosos, cuja natureza é essencialmente
simbólica? Sob forma abstracta, os símbolos são ideias religiosas, ou ritos, ou
cerimónias, sob forma de acção.
Os símbolos são o nosso inconsciente.Talvez. Representação de recalcamentos. Um tubarão que simboliza uma vagina dentada, que por sua vez simboliza uma mãe castradora. Brrr!
Dizem os esotéricos que sempre que o Homem teve alguma coisa de
muito profundo a comunicar o transmitiu por meio de símbolos. E que os símbolos
trazem consigo a ideia metafísica, reavivam as almas, esclarecem os corações.
Em todo o caso, o símbolo não há-de significar o mesmo para todas as pessoas. Depende dos contextos. Espaciais, temporais, memoriais. Quer dizer, históricos. Como diz o tão popular Dan Brown, um capuz branco pontiagudo do Ku Klux Klan é símbolo que transmite sentimentos de ódio, de intolerância e de violência racista – na América. Mas o mesmo capuz branco (ou rôxo) e pontiagudo usado numa procissão de Sevilha significa piedade e profissão de fé religiosa.
Como também o mesmo Dan Brown, esteiado em leituras outras,
sustentará que a disposição dos discípulos à mesa da Última Ceia de Leonardo é
uma mensagem cifrada, simbólica.
E a propósito, o perigo dos simbolistas mais empedernidos é
quererem ver símbolos disto e daquilo onde não os há. Há simbolistas fanáticos
nos casais modernos. Especialmente nas mulheres. Se reparam na mais leve marca
de baton na camisa do marido concluem rapidamente que ele tem uma amante. Na
maior parte dos casos é verdade. Mas também pode não ser.
Durkheim, o sociólogo, entendia que uma consciência colectiva
não podia ficar sobranceira às consciências individuais. Estaria ao alcance de
toda a gente, realizada em coisas, emblemas, fórmulas, totens – símbolos, em
suma. Diz ele: um trapo velho pode aureolar-se de santidade, um pedaço de papel
sem importância pode tornar-se precioso. Isso mesmo, o que essas coisas
simbolizassem subalternizar-lhes-ia a realidade, ou o que elas eram em si
mesmas – se é que, digo eu, há alguma coisa que o seja apenas em si mesma.
Os objectos simbólicos são-no porque contêm não uma realidade
íntima, natural, por assim dizer, mas porque neles reside a substância
espiritual, sagrada, mais valiosa do que a substância real da coisa em si
mesma. Ou porque neles, em suma, digo eu, habita uma moral.
Lévi-Strauss via os objectos sagrados como sinais, integrantes de um sistema de sinais, não lhes conferindo carácter de símbolos.

E também houve quem dissesse da substância dos símbolos que ela
não passava de ser obra daquele que os observava e dos respectivos
preconceitos. O lado afectivo do observador transmitia afectividade ao objecto
observado. Mas aí está: residirá na afectividade um dos lados mais obscuros do
Homem; e esse lado obscuro é renitente às explicações de si.
É
característica das proposições lógicas que só pelo símbolo se possa reconhecer
que são verdadeiras. Wittgenstein definiu as características abstractas e
formais e funcionais do símbolo lógico-matemático. A linguagem simbólica nada
designaria, nada mostraria, a não ser a si mesma.
Fala-se também do símbolo como um extra-sinal. Ou como uma
potência superior da linguagem, com funções alargadas quando se acercasse dos
temas básicos da sociedade humana, família, paternidade, heroísmo, tragédia,
nascimento e morte, dívida, erro…
Nem haveria relações entre dois seres humanos sem um terceiro
patamar de linguagem, um terceiro termo.
Os anagramas. Tempo houve em que a importância secreta e
simbólica dos anagramas era muita, era mágica. Uma disposição diferente das
letras de uma palavra obtinha significados diversos. E tanto assim que os
príncipes renascentistas contratavam anagramistas que os aconselhavam nas
decisões sobre os mais altos assuntos de Estado. Não era brincadeira. Hoje em
dia sim, os anagramas são um passatempo.
Der Letzte Mann – O
Último dos Homens. Numa indústria dominada hoje quase em exclusivo de
distribuição por Hollywood e pela pepineira dos efeitos especiais, pouca gente
se lembrará do velho cinema. Do velho cinema mudo, ainda por cima. Ou do velho
cinema alemão dos anos 20 – a que nem Hitler nem Goebbels achavam por acaso
muita piada. Falo da escola expressionista.
Dentro do expressionismo – aliás
todo ele em linguagem construída sobre símbolos fantásticos – avulta um nome:
Murnau. Murnau era um fanático dos símbolos visuais – de resto, esse Murnau não
destoava da sua cultura germânica natal. Um guarda-chuva de porteiro de hotel
pode, em dadas circunstâncias, valer como símbolo de uma qualidade
profissional, de uma soberania pessoal. Como um ceptro que esse porteiro
preserva das mãos de outro pessoal do mesmo hotel, pessoal não iniciado, quer
dizer, não espiritualmente preparado para o empunhar. E se por acaso o porteiro
por qualquer razão entregar o símbolo do seu estatuto a um dos paquetes fá-lo
com a solenidade de uma cerimónia iniciática de transferência de poderes.
Continuando no porteiro de Murnau em O Último dos Homens,
sobressaem outros símbolos de estatuto, ou mesmo de qualidade espiritual. Os
botões dourados da libré. Um dia arrancam um desses botões ao porteiro, e a
câmara de Murnau, significantemente, acompanha a queda do botão. Como se fosse
um acontecimento transcendente. Como se fosse uma degradação moral, uma
despromoção militar. O porteiro recordará a queda daquele botão, ou a
humilhação de que foi vítima, quando, por velhice, passou das pompas da
portaria do grande hotel à insignificância abjecta de guarda das retretes dos
cavalheiros.
Uma porta giratória rodando perpetuamente, na luz, e em frente um porteiro, de estatura elevada e rígido como um lacaio – rezava o texto do argumento de Carl Meyer para este filme. O porteiro era admirado e respeitado no seu ofício pela família e vizinhos como um general. Mas um dia o botão cai-lhe da farda. E a dignidade da consciência que tinha de si desaba.
O botão foi, para o porteiro, o símbolo do destino. Acompanhado
pela câmara, o porteiro desce aos lavabos
numa figuração de descida aos infernos, até que os batentes da
portinhola dos lavabos se fechem sobre ele sem remissão possível e ele se sinta
verdadeiramente o último dos homens.
Continuando por este caminho expressionista e sem sairmos dos símbolos de Murnau: antes da descida aos lavabos, o porteiro governava os movimentos de carrossel da porta giratória. Movimentos incansáveis que simbolizavam o turbilhão da vida e pelo qual circulavam como títeres os pobres seres humanos. Era o porteiro quem dominava esse movimento, quem o dirigia, quem lhe administrava a justiça e a prioridade. Era aquele o seu poder. Demiúrgico. Regulando o passo de quem entrava e de quem partia daquele mundo, o mundo do hotel, o mundo em si. Mas as retretes dos cavalheiros também tinham portas como batentes que iam e vinham e sem que o porteiro exercesse sobre elas alguma prerrogativa. O cliente rico, irritado por não ter sido atendido com a presteza devida, sai, agita os batentes da porta para ir reclamar ao gerente dos serviços do porteiro.
O porteiro, nos lavabos, repara com atenção nos gestos dos
clientes que, ao espelho, cofiam os bigodes impantes e penteiam os cabelos
rebrilhantes, acertando com rigor o risco do cabelo. Exactamente o que o
porteiro fazia quando era porteiro, a preparar-se para pegar ao serviço; e que
deixara de fazer com esse rigor cerimonial porque, pela idade, o tinham
transformado no último dos homens.
Portugal
é uma cultura simbolista. Talvez outra nação não haja a sobreviver e a
comprazer-se tanto pelos símbolos. Digo eu. Se calhar é disparate.
Sempre achei que Portugal era, como comunidade e sistema de vida, um campo soberbo para o cultivo das simbólicas. Uma parte importante da História portuguesa, parece-me, foi terreno especialmente fértil para o florescimento dos símbolos e das metáforas. Refiro-me àquele século XVII. Refiro-me à mitologia do sebastianismo.
D. Sebastião, no sentido simbólico, foi uma encarnação de
Portugal. Uma simbólica da adversidade, da infelicidade portuguesas. Ele,
estouvado, desavisado, heróico e desaparecido, foi Portugal mesmo. Portugal
perdera a grandeza com o desaparecimento de D. Sebastião e tornaria a ela logo
que D. Sebastião regressasse do seu mistério- disse alguém. Regresso que era já
de si simbólico. Tal como a vida e a morte mesma dele foram elementos
simbólicos na História da grei.
El-Rei Menino regressaria da Ilha ignota onde aguardara a melhor
hora para voltar. Por uma manhã de nevoeiro. Montado num cavalo branco.
A manhã de nevoeiro simbolizaria um renascimento. O facto
anunciador desse renascimento seriam os símbolos de decadência que eram os
elementos da noite, fragmentos da noite-decadência simbolizados pelo nascer da
manhã (que comporta sempre um resto de noite) e talvez pelos flocos de névoa
que, como a noite, empanam a clareza da visão das coisas.
Não se pode, no caso, contornar o nosso grande e inevitável
Fernando: a alma é imortal, e se desaparece torna a aparecer onde é evocada
através da sua forma. Morto D. Sebastião, o corpo, se conseguirmos evocar
qualquer cousa em nós que se assemelhe à forma do esforço de D. Sebastião ipso
facto o teremos evocado e a alma dele entrará para a forma que evocámos.
Quando houverdes criado uma cousa cuja forma seja idêntica à do
pensamento de D . Sebastião, D. Sebastião terá regressado, mas não só
regressado modo dizendo, mas na sua realidade e presença concreta, posto que
não fisicamente pessoal.
O Brasão português. Uma apoteose simbólica. As cinco quinas como cinco príncipes infelizes,
ou mesmo mártires, cada um a seu modo –D. Duarte, D. Fernando, D. Pedro, D.
João, sendo o quinto, obrigatoriamente ele, D. Sebastião.
Que símbolo fecundo vem na aurora ansiosa? Na Cruz morta do
mundo, a vida, que é a Rosa.
Que símbolo divino traz o dia já visto? Na Cruz que é o destino,
a Rosa que é o Cristo.
Que símbolo final mostra o sol já desperto? Na Cruz morta e
fatal, a Rosa do Encoberto.
Sem comentários:
Enviar um comentário