SOU
ESCRITOR, UTILIZO TUDO
Truman Streckfus Persons recebeu os
entrevistadores da Paris Review no
seu elegante e restaurado apartamento de Brooklyn Heights. Uma sala decorada ao consabido e refinado gosto do locatário, objectos de
arte espalhados por cada superfície, um ovo de Páscoa dourado trazido da viagem
à Rússia, um estojo Fabergé, um
grande cão de ferro, frutos azuis em cerâmica, centenas de artísticos
pisa-papeis, fotografias, colecções emolduradas de selos de correio de todo o
mundo…
Ouviram-se uns pesados passos no soalho e
apareceu um enorme buldog branco.
Truman Streckfus Persons, aliás Truman
Capote, era um homem pequeno e ruivo, de teimosa mecha de cabelo a caír-lhe
sobre a testa e um sorriso simpático.
Quando é que o senhor começou a escrever?
Quando tinha uns dez, onze anos e vivia
em Mobile.
Truman Capote é por muito boa gente
considerado um escritor menor, comercialão até, frívolo, mundano, oportunista.
Quanto ao escritor menor, pessoalmente, não sou dessa opinião. Quanto ao resto…
é capaz de ser verdade, mas não é o mais importante. Muita da popularidade de
Truman Capote adveio-lhe da adaptação ao cinema da preciosa novela Breakfast at Tiffany’s – que deu um
filme titulado em
português como Boneca de Luxo – um filme também delicioso,
com uma Audrey Hepburn no máximo esplendor do seu estilo.
Capote talvez seja, na minha opinião, mais
um contista do que um romancista de grande fôlego. Talvez daí a sua imerecida
reputação de superficial e ligeiro. Na aparência talvez sim. Mas é preciso
adentrarmo-nos nessas aparências de facilidade e descobrirmos por nós mesmos a
riqueza de pormenor no desenvolvimento psicológico das personagens e da pintura
requintada dos ambientes para nos rendermos à arte de Truman Capote.
Eu
estava absolutamente certo de que queria ser escritor, mas não estava
absolutamente seguro de que o seria realmente antes dos meus quinze anos.
Enviava contos a revistas, tanto literárias como populares… e, deixe que lhe
diga uma coisa: não há escritor, por mais célebre, que se esqueça desse dia em
que pela primeira vez lhe aceitaram um trabalho para publicar. Mas como eu ia a
dizer… um belo dia, pelos meus 16 anos, recebi a primeira, a segunda e a
terceira aceitações no correio do mesmo dia. Digo-lhe que saltar de
prazer não é, ah não, não é, uma simples frase.
Contos. Contos. As ambições de Capote
andavam sobretudo em volta desse género. Como Faulkner, também ele considerava
o conto como a prosa literária mais difícil e mais rigorosa. E todo o controlo
técnico que na idade madura Capote possa ter adquirido devia-o ao seu treino no
género conto.
Controlo? O que é controlo?
É manter o domínio estilístico e emocional
sobre a matéria literária. Um conto, refere ele, pode ser arruinado pelo ritmo
impróprio de uma oração. Por um erro de paragrafação. Até por um descuido de
pontuação. Chama a Henry James o mestre do ponto e vírgula. Chama a Hemingway o
mestre do parágrafo. E admite que Virgínia Woolf nunca tenha escrito uma oração
imperfeita.
Truman Capote começa a fazer falar de si em
1948, logo no seu livro de estreia, Outras
Terras Outras Gentes em português; Other
Voices Other Rooms no
original.
Manteve o seu nome literário em alta com Harpa de
Ervas, de 1951. E mais uma série de títulos relativamente famosos, até ao
romance sem ficção A Sangue Frio,
baseado num caso real de homicídio numa cidadezinha da América profunda.
Depois
desse formidável triunfo literário – e social – suponho que de 1966, nunca mais
Capote produziu nada de grande envergadura, a não ser recolhas de reportagens,
crónicas e contos esparsos.
Dominar a técnica do conto. Eis a questão.
Cada história, naturalmente, apresenta as suas próprias dificuldades. O que
haverá a descobrir para bem escrever um conto é a forma mais natural de o
fazer. Ou seja, um leitor, após a leitura de um conto, poderá perguntar-se se
haveria uma outra maneira de contar aquela mesma história, ou se aquela forma
que acaba de ler é a versão literária definitiva de uma ideia.
Dou-lhe
um exemplo. Uma laranja. Uma laranja é uma forma definitiva. A natureza cria
uma laranja da única forma que poderia ter uma laranja. Indiscutível.
E para cada um melhorar a sua técnica de
escrita só existe um meio: o trabalho.
Capote a falar: a criação literária tem leis de perspectiva, de luz e de sombra, como a
pintura ou como a música. Se se nasce a sabê-las, óptimo. Se não se nasce com
elas sabidas, só resta aprendê-las. E adaptá-las às conveniências do próprio.
Joyce, segundo Capote, era inimigo jurado
das regras estrictas. Todavia era um consumado artífice. Só pôde escrever Ulisses porque antes tinha escrito Dubliners.
E se um escritor pensa que escrever contos
é mais uma maneira de exercitar a mão, ah, desenganem-se, quer dizer que esse
escritor pode estar a fazer tudo menos a exercitar a mão.
Como bom escritor americano, Truman Capote
teve vários ofícios. Nasceu no Sul. Criou-se no Connecticut.
Foi leitor de
guiões de cinema. Foi dançarino num barco de carreiras fluviais e foi moço de
recados na redacção do magazine The New
Yorker. E aos 19 anos ganhou um prémio literário, o prémio O.Henry, para as
chamadas short stories, contos
curtos. Estímulos nos meus primeiros anos
de escrita? Um ninho de víboras negativas, isso sim. Mas algumas afirmativas.
É. Os artistas adoram chorar-se…
A infância e a juventude de Truman Capote
decorreram entre gente de fraco índice educacional e cultural. Foi mau, por um
lado. Foi bom, por outro. Porque desde cedo o endureceu para a vida e para,
como ele diz, remar contra a corrente. Diz que nesse tempo aprendeu a grande
arte de lidar com os inimigos, não menos indispensável do que a de saber
apreciar os amigos.
Capote foi mau… foi péssimo aluno.
Desprezava a escola. Chumbava ano após ano nas matérias mais simples, por
aversão, por náusea. Faltava às aulas. Saía de casa por temporadas. Uma vez
fugiu com uma amiguinha sua vizinha, mais velha do que ele, e que mais tarde
conseguiu certa fama nacional por ter assassinado uma dezena de pessoas e ter
morrido na cadeira eléctrica na prisão de Sing Sing, sob a alcunha de “a
assassina corações solitários”.
O director da escola de Truman foi ter com
os pais para lhes dizer que, tal como todos os outros professores, considerava
o filho um correço, um rapazinho sub-normal. Podia ser melhor matriculá-lo numa
escola de ensino especial, para crianças com handicap.
Os pais ficaram ofendidíssimos e quiseram
provar à vizinhança e aos professores que o filho não era nenhum deficiente.
Foram com ele a uma clínica de estudos psicanalíticos numa universidade do
Oeste. Examinaram-no. Testaram-lhe a inteligência. E Truman diz que regressou a
casa proclamado génio pela ciência. O seu quociente de inteligência era acima
da média.
Truman não sabe dizer quem terá ficado mais
aturdido com os resultados do teste, se os professores se os próprios pais –
que na realidade apenas queriam ter um filho que fosse um rapazito simpático e
normalíssimo.
E desde
então, cada vez que passava diante de um espelho olhava para mim mesmo e
dizia-me… pois é verdade, rapaz… tu e o Flaubert… com respeito a inteligência
podem-se juntar… tu e o Tchekov também… tu e o Maupassant… tu e o Proust…
conforme quem fosse o meu ídolo do momento…
Comecei
então a escrever com grande seriedade. A minha cabeça zumbia toda a noite. Não
creio ter verdadeiramente dormido durante esses anos. Até que descobri que o
que me sossegava era o whisky. Mas era demasiado novo para poder
comprá-lo com o meu próprio dinheiro.
Valeu-lhe ter uns amigos mais velhos e
complacentes. Pouco a pouco conseguiu encher uma mala velha de garrafas,
garrafas de tudo, bourbon, scotch,
brandy,licores. Escondeu a mala num velho armário e deu em beber todas as
tardes enquanto escrevia.
Quando descia para jantar já vinha bem
aviado, claro, e à mesa guardava silêncios misteriosos, desferia estranhos
sorrisos de ternura e de ameaça, deitava longos e vidrados olhares a cada
membro da família. Um dos seus parentes até uma vez diria: se não fosse tão absurdo e ele ser tão novinho… era capaz de jurar que
estava perdido de bêbedo…
Até que um dia lhe descobriram a mala.
Mas não
posso negar que tive muita sorte no princípio da minha carreira.
A Harper’s
Bazar e a Random House, duas
importantes casas editoras, interessaram-se depressa por ele.
Você
falou há pouco em estímulos…Não há nada de mais estimulante para quem escreve
do que comprarem-lhe os trabalhos…
Um dia, uma companhia de cantores negros
foi à União Soviética apresentar a ópera Porgy
and Bess. Talvez fosse a primeira vez que a ópera de Gershwin era dada a
ouvir na Rússia. Não estou certo. Truman Capote acompanhou a troupe e fez uma reportagem que ficou
famosa. E reflectiu sobre os dois estilos de escrita, a reportagem e a
narrativa de ficção.
Quando se escreve reportagem referimo-nos à
literalidade dos factos, quer dizer, às superfícies, e o comentário
é escasso. Em reportagem é impossível atingir uma profundidade do mesmo teor da
narrativa. Mas Capote queria provar que mesmo escrevendo reportagem podia
aplicar o seu estilo pessoal às exigências do estilo jornalístico. E porque
considerava o seu processo narrativo, novelístico, igualmente objectivo. E
porque a atitude emocional inseparável da novela não lhe fazia perder o
controlo literário.
É
preciso esgotar a emoção primeiro que me sinta…por assim dizer… clínico… para a
analisar e projectar. É essa, segundo me parece, a aplicação do que se pode
chamar de técnica.
E não seria só uma questão de tempo de
maturação de uma história.
Se eu
passar uma semana a comer maçãs, esgotarei o meu apetite por maçãs e saberei,
sem qualquer dúvida, como é o sabor de uma maçã. Ora quando me sento para
escrever um conto já não sinto o que poderia chamar de forma desse conto,dessa
intriga… mas tenho a certeza de lhe conhecer perfeitamente o sabor…
Dickens, disse-se, fartava-se de rir
sózinho quando escrevia uma cena humorística, e derramava lágrimas sentidas de
toda a vez que uma personagem sua morria.
Capote assevera que o escritor deve ter
gozado do seu engenho e secado completamente as suas lágrimas muito antes de
pretender suscitar reacções semelhantes no leitor. A máxima intensidade na arte,
e seja qual for a sua forma, atinge-se com uma cabeça fria e deliberada.
O Sr.
Capote escreveu os seus melhores contos em momentos tranquilos da sua vida, ou,
pelo contrário, sente que trabalha melhor sob tensão emocional, ou, quando
muito, a despeito dela?
Nunca
vivi um único momento de tranquilidade. Salvo aquela tranquilidade que me é
concedida por um Nembutal de quando em quando. Mas não sei…creio que… creio que
talvez um pouco de tensão fará bem. Sobretudo, repare, aquela tensão que deriva
da urgência de acabar um trabalho dentro de certo prazo. Ah, sim, essa tensão
faz-me muito bem.
O
senhor lê muito?
Demasiado.
Incluindo etiquetas, receitas de cozinha, anúncios publicitários… Leio todos os
diários de Nova York todos os dias e várias revistas, incluindo estrangeiras… Leio
cinco livros por semana. Um romance de tamanho normal leva-se numas duas horas.
E gosto de novelas poliiciais. Gostava até, um dia, de poder escrever uma…
Pode
ler outros autores enquanto trabalha na sua própria obra?
Posso.
A minha pena não começará de repente a escrever com estilo de outro. Se bem
que… sim… uma vez… estava a ler Henry James… as minhas orações começaram a
ficar muito, muito compridas.
E que
autores o influenciaram mais?
Capote declara nunca, conscientemente, se
ter sentido sob qualquer influência. Ainda
que certos críticos me tenham informado de que as minhas primeiras obras
estavam em dívida para com Faulkner, com Carson Mc Cullers. O que é muito
possível. Sou grande admirador de ambos.Mas a única coisa que eles terão em comum
comigo éi termos nascido os três no Sul.
E
quanto a hábitos de trabalho, Sr. Capote?
Ah,
sim, sou aquilo a que chamo de escritor horizontal.
Escritor
horizontal?
Absolutamente!
Não consigo pensar sem estar deitado. Deitado? Na cama? Sim, pode ser na cama, pode ser num divã, desde que tenha café, chá e cigarros à mão. Tenho que estar a chupar e a sorver.E com o andar das tardes, o café e o chá vão dando lugar aos martinis.
Máquina
de escrever?
Não,
não uso. Pelo menos nos começos de cada trabalho. Escrevo à mão, a lápis.
Revejo à mão.
Sabe,
sou um estilista. Os estilistas não são muito atreitos a obsessões com
vírgulas, pontos e virgula e assim… o que é o estilo, perguntou-me? (Risos.)
Pode ser o som da mão de cada um…
Todos os escritores teriam estilo.
E.M.Forster, Colette, Flaubert, Mark Twain, Hemingway, O´Neill, Faulkner –
apesar de todo o seu brilhantismo -, para Capote eram estilos fortes. No
entanto negativos. Ou seja, estilos que nada acrescentariam ao poder de
comunicação entre aquele escreve e aquele que lê.
Mas
repare que também existem os estilistas sem estilo. Experimente Graham Greene, Somerset Maugham, Thornton
Wilder. Olhe… Sartre. Claro que não estou a falar
do conteúdo… estilo, estilo…sinto-os dactilógrafos que muito transpiram, que
enchem laudas e laudas de mensagens sem forma, sem olhos nem ouvidos. Mas gosto
de Salinger, dentro da tradição do estilo coloquial…
Cá por mim – agora falo eu – acho Capote,
neste ponto, um exageradão. Ainda que lhe conceda alguma razão. Estou a
lembrar-me em especial das securas de Somerset Maugham. Lembro-me, sim de
Greene, de Sartre. Sim, não é a personalidade de um estilo o que os distingue.
Mas daí a dizer-se que são dactilógrafos…
Que aconteceria a Proust se o separássemos
do seu estilo?, pergunta Capote. E se o estilo pode nunca ter sido o forte dos
escritores americanos, também é inegável que alguns dos maiores estilistas da
literatura mundial foram americanos. Capote recorda Hawthorne. E Hemingway –
inevitável.
O estilo não era coisa, ou estado, a que se
chegasse conscientemente. Não se pode aprender a ter estilo – estou de acordo,
nas letras como na vida, e grande parte dos parvos e maçadores em todos os
sentidos que conhecemos são aqueles que anseiam a todo o custo ter um certo
estilo. É a personalidade que marca, diz Capote. É a individualíssima
humanidade do escritor que toca o leitor. Faulkner, para Capote, era um dos
escritores que mais imediatamente projectava a sua personalidade.
Poe. Dickens. Stevenson. Capote gosta
deles, mas no momento desta entrevista achava-os ilegíveis. Tinha de momento
outros entusiasmos, entusiasmos que entendia mais estáveis. Flaubert.
Turgeniev. Tchekov.
Jane Austen. Henry James. E.M.Forster. Maupassant. Rilke, Proust…
Capote escreveu para o cinema. Um filme
intitulado Beat the Devil, que passou
por Portugal com o título… não me lembro… mas vi… uma coisa sem pés nem cabeça
com grandes actores, Bogart, etc..
Não seria muito provável que um escritor
conseguisse inpôr-se no meio cinematográfico. A menos que fosse ele mesmo a
dirigir o filme. O filme é obra do realizador. O escritor apenas pode colaborar.
Havia contudo um caso, na opinião de Truman Capote. O italiano Cesare Zavattini.
Admito. Mas acho exagero que Capote diga de Vittorio de Sica que foi somente
uma caixa de ressonância do génio de argumentista de Zavattini…
Obras autobiográficas? Pois sim, o meu livro Harpa de Ervas foi o único em que me baseei na realidade.
E toda a gente pensou que era totalmente inventado. Other Voices Other
Rooms, todo ele inventado, levou as
pessoas a pensar que era uma história autobiográfica.
E que
tal de críticos, Sr. Capote?
Depois de o livro ter sido publicado, tudo
o que Capote queria ouvir eram elogios. O que não fosse elogio irritava-o. Do que precisamos é de estar endurecidos
contra a opinião alheia. Hoje em dia posso ouvir os libelos mais injuriosos
contra a minha pessoa que a minha pulsação não se altera.
Capote tinha ainda um conselho para dar. Nunca nos devemos rebaixar respondendo a um
crítico. Nunca.
A 5 de Janeiro de 1966, Truman Capote
assinou um contrato com a editora novaiorquina Random House para um livro que se intitularia Answered Prayers - Súplicas Atendidas. 25.000 dólares. Data
de entrega: 1 de Janeiro de 1968. Um estudo do mundo dos muito ricos da Europa
e da costa leste dos EUA, segundo descrição do próprio Capote. E ainda mais
ambicioso: seria um equivalente americano da monumental Recherche de Proust.
O contrato foi prolongado até Maio de 1969 e depois até Janeiro de 73. Em Maio de 73, o prazo de entrega avançou para Janeiro de 74 e seis meses mais tarde para Setembro do mesmo ano. Um milhão de dolares era o que Capote teria a receber quando entregasse o original, agora em Maio de 81.
Capote tinha apenas dois capítulos escritos.
As personagens eram copiadas literalmente da realidade do beautiful people, com os respectivos nomes verdadeiros e tudo. Uma
gente que Capote frequentara muito quando do seu retumbante êxito com A Sangue Frio. Esses dois capítulos
viriam a ser publicados pela revista Esquire.
Publicados os capítulos de Súplicas Atendidas, rebentou o escândalo
na sociedade elegante e nos meios literários de Nova York. Truman Capote foi
votado ao ostracismo total pelos seus amigos ricos. Nunca mais recebeu um convite
para a mais insignificante festa social. Tinha usado nos capítulos publicados
do virtual livro todos os mexericos, vícios e baixezas da gente que conhecera
nesse meio. Imperdoável.
De que
estavam eles à espera? Julgavam que me convidavam e eu ia lá só para os
divertir? Sou escritor, utilizo tudo.
Afogado no álcool e nas drogas desde 1977,
e até à sua morte, em 1984, Capote não terá escrito nem mais uma linha das Súplicas Atendidas. O livro foi publicado
– inclusivé em tradução portuguesa – na forma inacabada. Três capítulos. Li. E
não desgostei.
Também
recuso certos quartos de hotel por essa razão. Nem quero ver três beatas no
mesmo cinzeiro.