VOCAÇÃO E
PROFISSÃO
Filho meu não, nunca o
poria a estudar música. É do mais perigoso que se pode arranjar com respeito a
futuro.
Ainda se tivesse a
certeza de ele aprendia uns rudimentos, chegava a ajeitar-se a tocar um
instrumento (de preferência piano para impressionar umas miúdas) e depois
seguisse a sua vida, uma qualquer vida, bom, era como o outro.
Mas quem me
garantia que ele não se apaixonava mesmo pela matéria, tivesse algum jeitinho
sem ser um génio evidente e quisesse fazer vida daquilo em Portugal?
Não, não estaria a
prestar um bom serviço a filho meu se o encorajasse na música sem ele ser um
génio - mas ainda assim um génio daqueles que se apercebem à légua. Estaria a
fabricar mais um frustrado para acrescentar à longa lista deles com que
tropeçamos a cada momento.
Não, ele que fosse
para economista. Podia ser na mesma um falhado (se é que os há; ou se o são
todos, depois de sabermos o que sabemos sobre previsões macro-económicas), mas
nota-se menos, ainda que falhado, e nunca se chega a ser um desconsiderado,
menosprezado, Zé Ninguém meio maluco com a mania da música. Sempre se é um
senhor doutor, que é o que nestes analfabetos reinos dá verdadeiramente
estatuto.
Por falar nisto… certo dia, numa
famosa escola de música de Nova York, o célebre maestro Karl Böhm ouviu por
acaso, vindo de uma sala de aula, um som de violino a ensaiar o concerto de Max
Bruch. Pareceu-lhe nem menos que o som de Heifetz – quiçá o maior violinista de
todos os tempos. Quem é e quem não é. O director da escola informa Böhm de que
não é realmente o já falecido Heifetz quem toca. É uma petiza de dez anos.
Böhm, incrédulo, espreita para dentro da sala e confirma.
Tempos depois,
Karl Böhm, em conversa com um amigo que dera aulas naquela famosa escola
(Julliard School, talvez), pergunta-lhe se sabe o que foi feito daquela menina
de dez anos que tocava violino com um som de Heifetz. Pois a pobre menina
tinha-se suicidado. Numa crise desespêro infantil. Atirara-se de uma janela.
Mas porquê? Tanto quanto se podia saber, a mãe, dando-se conta do talento da
filha, obrigara-a a um tal programa de estudos musicais que não deixava tempo à
criança para fazer a simples coisa de que ela tanto gostava: brincar.
Por acaso, na
mesma famosa escola, havia um jovem estudante de piano e violino, dotado de
extraordinária memória musical, e, além disso, com o armamento vocacional que o
indicava como futuro bom chefe de orquestra. Quando tudo se conjugava para o
aluno seguir brilhantemente o seu caminho como director de orquestra, ele pede
uma audiência ao director da escola e declara:
- Vou deixar os
meus estudos de música. Ofereceram-me um emprego na indústria do vestuário que
me dará muito mais dinheiro a ganhar do que a música.
O director deita
as mãos à cabeça e quer demovê-lo, suplica-lhe pela rica saúde que não deixe a
música; com as qualidades inatas dele não tem que ter medo, a carreira musical
dele ia ser de grande sucesso. De certezinha.
- Poderá ser. Mas,
senhor director, eu prefiro a segurança.
E pelo que conta
Karl Böhm, desde então esse jovem nunca mais na vida pôs os pés numa sala de
concertos. Era a sua maneira de se proteger da música.
(Sim, há coisas maravilhosas de que precisamos nos proteger.)
É preciso dizer –
porque muita gente não sabe e tudo lhe parece fácil – que seja qual for a
especialidade, o instrumento, ou o grau de excelência de um músico, o ofício da
música é um dos mais duros e ingratos que se possa conceber desde que uma
vocação musical se revela até que se transforme numa actividade profissional.
Valerá mesmo a
pena, do ponto de vista material, o sacrifício de dar ouvidos à doce voz ideal
da vocação para a música quando, mais tarde ou mais cedo, a pureza apolínea
dessa vocação vier entrar em conflito sério com a assustadora realidade de uma
profissão?
Já lá vão uns anos, uns
bons anos, na viragem do milénio, em Paris (que não é propriamente uma cidade
do Terceiro Mundo), mil músicos das orquestras francesas permanentes realizaram
um concerto-manifestação a defender a existência de um serviço público de
música. Ou seja, os músicos profissionais procuravam consagrar para a música o
reconhecimento de uma necessidade social; e por consequência, o reconhecimento e
o prestígio social da sua profissão num mundo cada vez mais material e cada vez
menos, muito menos, musical.
Não sei no que deu
o concerto-manifestação. Não deve ter dado grande coisa nesta era de
considerandos económicos-financeiros extremados que então se inaugurava.
Já então, na
realidade musical francesa, se criavam menos escolas de música e as que já
existiam começavam a não ter vida fácil em tempos de restrições financeiras
continuadas.
Não tenho em mão
números nem elementos concretos, mas quero crer que o panorama do ensino e da
prática musicais vivem dias ainda mais entroviscados e que a angústia se tem
instalado na consciência dos jovens, mesmo os mais dotados e que legitimamente
possam sonhar com o desenvolvimento de uma feliz carreira na música.
Mas também tem que
ver com o instrumento que se cultiva.
Claro que neste
âmbito de profissões musicais a oferta de emprego é sempre, e consideravelmente, inferior à
procura. As orquestras precisam de menos instrumentistas do que aqueles os
conservatórios fornecem. Por exemplo: para 14 flautistas, 10 clarinetistas e 9
oboístas saídos com boa nota de um - bom – conservatório, o conjunto das
orquestras estáveis (quatro ou cinco, francesas, para manter o nível com
exemplo de um país onde a música é levada a sério) oferecia dois postos de
trabalho por cada um um destes três instrumentos. Foi há uns anos, está bem,
mas não sei se a realidade melhorou até hoje. O mais certo é ter piorado.
Quem não consegue garantir o seu
ganha-pão como instrumentista de orquestra é certo e sabido que se volta para o
ensino, desviando de si, e logo nos começos, o sentido de uma possivelmente
poderosa vocação de executante musical. Poderosa e frustrada, como digo, logo
desde os primeiros embates com a realidade profissional.
O talento musical frustrado sofre
em silêncio, resigna-se, e volta-se para o ensino, muito bem. Mas vai ensinar o
quê, a quem? Obviamente: vai formar futuras vocações frustradas e futuros resignados
e desenganados professores. Professores estes, também, de quê e de quem?
Daqueles outros que profissionalmente também não vêem alternativa senão dar
aulas a alunos que (na esmagadora maioria) não terão onde exercer a vocação por
não terem onde exercer a profissão, futuros professores de outros que também
não terão para onde se voltar senão para o ensino.
As estruturas da organização e do
ensino musical podem atingir o ridículo estádio evolutivo de formar
profissionais de uma profissão que vai deixando de existir, ainda que as
vocações continuem a despontar com grande força?
Sim, claro, no meio disto tudo há
os que apanham um tempo histórico favorável, conseguem lugar numa orquestra e se
governam muito bem (ou até como free-lancers). E nem é preciso falar dos casos
de génio, do grande concertista de piano ou violino, do grande cantor, do
grande chefe de orquestra, precisamente os que fazem parte da mini-mini-minoria
dos escolhidos de uma vocação que chama muitos e escolhe poucos.
No que respeita, por exemplo, à
questão do piano, instrumento que não tem lugar numa orquestra sinfónica, as
coisas podem ser, são com certeza, mais complicadas e menos felizes. Nem todos
as anualmente laureadas vocações que saem dos conservatórios podem aspirar a uma
gloriosa carreira de concertista. E então… serão obscuros professores de piano;
governarão a sua vida como obscuros pianistas acompanhadores em teatros de
ópera (se os houver em bom número no país), ou em aulas de canto; tocarão musiquinhas
da moda ao fim das tardes em salões de hotéis de luxo. E já não fazem tanta falta
nas aulas de ballet como fizeram
noutro tempo, e isso em razão do recurso cada vez maior à música gravada para o acompanhamento das
aulas.
Por outro lado, o elevado número
de alunos que procuram a disciplina de piano nas escolas de música leva a
concluir que a formação pianística faz falta ao ensino e é uma via de
escoamento profissional de vocações inequívocas.
Mas lá fora queixam-se os
directores dos teatros de ópera quanto à escassez de bons pianistas
acompanhadores, porque uma coisa é arranjar no mercado cinco, dez, quinze ou
vinte jovens pianistas acabadinhos de sair do conservatório e ainda cheios de
ilusões de carreira, e outra, abissalmente diferente, é encontrar um
acompanhador com experiência e métier
há muito desenganado pela vida quanto a uma vocação concertística irreprimível.
E chegará o tempo – já deve ter
chegado – em que o número dos laureados de vocação, qualidade e talento será de
longe superior à quantidade de postos de trabalho disponíveis, tanto para tocar
nas orquestras quanto para ensinar nas escolas de música.
Vocação, talento, ou mesmo génio,
e patenteado desde a mais tenra idade e de forma tão absoluta, não o há noutra
actividade mais evidente do que na música – pode ser que na pintura. E todavia
uma vocação que tão grandes contratempos sofre na idade madura, depois de lançada nas
realidades profissionais.
O free lancer, ou o trabalho a “gancho”, o biscate. É uma saída
profissional também para um músico preparado, e em muitíssimos casos uma saída
bem lucrativa, pesando embora a incógnita de alguns fins de mês e a falta de vínculos
estáveis. Por outro lado, é bem certo que proporciona a sensação de liberdade
que faz falta como pão para a boca à vocação artística, sem dúvida. E os lucros
são rápidos e substanciais, embora incertos, irregulares.
O instrumentista free lancer foi um recurso caído do céu
quando começaram a aparecer os conjuntos especializados na música barroca, Arts Florisants, Musiciens du Louvre, Chapelle
Royale, etc., propiciando interessantes saídas profissionais de grande
elasticidade contratual e flexibilidade artística. (Continuo a falar de um país
musicalmente civilizado, a França.) A circulação de pessoal artístico bem
preparado e potencialmente contratável é muita, agrada a maestros e
empresários. Mas já se sabe que no caso de uma zanga ou de uma
incompatibilidade com maestro ou empresa, a porta será para esse prontamente
aberta, porque há outros, há muitos outros por esse mundo em ambulatório
vocacional, de instrumento às costas à espera de vaga, a oferecer aqui e ali os
seus serviços, a sua maravilhosa vocação.
A vida material de um músico pode
muito bem ser uma magnífica apoteose do provisório, volátil e perecível como o
som que ele produz.
Claro que como tudo nesta vida
grande parte dos sucessos se devem ao factor sorte (já nem falo da cunha), ou à
sorte que cada momento ou época da vida do indivíduo pode ou não pode oferecer.
Os free lancers são muitas vezes
contratados a termo como reforços para esta ou aquela peça mais exigente em
quantidade de som. E são bem pagos. E tal pode dar numa perversão: as
instituições musicais programam a sua vida orçamental, os seus concertos, em
função da realidade da oferta e da procura e da facilidade de achar reforços de
bom nível no mercado vocacional flutuante. E, naturalmente, como medida de boa
gestão, evitam o mais que podem alargar o número de vagas nos quadros estáveis.
A condição de free lancer pode ser aliciante para um músico. Muitos embarcaram na
miragem de uma vida sem compromissos e sem obediências demasiadas, o que deu na
inflacção do mercado free lancer. E o
que acabou por facilitar a vida aos patrões da música, dificultando em
contrapartida a dos músicos.
Mas também os músicos efectivos
das mais importantes orquestras atravancaram o mercado dos free lancers acorrendo nas suas horas vagas aos ganchos musicais
que iam aparecendo fazendo reforços noutras orquestras.
Daqui se percebe o risco contido
na profissão de luxo que é a de músico: desenvolver uma vocação nos
encantadores paludes profissionais do desemprego, da precarização dos vínculos
laborais. O que deu desde sempre na respeitável instituição da diversidade
ocupacional: ser músico executante e acumular com o professorado. E ser
professor de um instrumento não como corolário de uma capacidade musical
extraordinária, ou de uma forte disposição pedagógica, mas, mais rasteiramente,
como adjutório aos encargos de cada fim de mês.
A encruzilhada moral é esta: um
conservatório de Estado produz profissionais altamente qualificados, mas sem
que o mesmo Estado lhes acene com uma perspectiva profissional mínima,
fazendo-os correr o risco da pobreza, da inutilidade, desbaratando por
conseguinte o investimento neles feito enquanto alunos cheios de vocação.
(Pode acontecer com as faculdades
de Direito, Letras, quem sabe se de Medicina. Pode? Não sei.)
A realidade será sempre um factor
autónomo à capacidade de sonho para as vocações musicais. E essa realidade é a
imoral realidade das verbas que sempre escasseiam para a Cultura. E quando se fala
de racionalização, seja em que actividade for, já se sabe que se fala de
desinvestimento, de penúria e de incultura.
Os conservatórios (pelo menos os
franceses, e já de há tempos), sendo o mercado e as encruzilhadas profissionais
aquelas que são, deram em preparar os seus instruendos para competir no mercado
da música antiga (quando ela começou a tornar-se popular, leia-se lucrativa),
no mercado do jazz, no mercado do rock, no mercado das indústrias do som –
ou, ainda mais catita, no mercado da musicologia. E no mercado mesmo do ensino.
Preparava-os para uma contingência profissional e já não tanto para uma
vocacional paixão; adestrava-os como técnicos de música (ou fosse do que fosse
relacionado com a música, cientistas!) e não tanto como os artistas românticos
que a maioria queria ser ao decidir-se em tenra idade pela música, quer dizer,
pela vocação avassaladora.
Enfim, e evitando outros temas
sempre imponderáveis e difíceis de quantificar, tais como quanto pode ganhar um
instrumentista estável de orquestra, de que orquestra, de que país; ou quanto
pode ganhar um free lancer, um
pianista acompanhador, um pianista de
jazz, digamos que é o mercado, essa entidade mítica, apavorante e
bonacheirona a um tempo, que em menos de um fósforo realiza automática e espontaneamente
a selecção natural, consagrando ou destruindo vocações musicais da infância.
Os bons nunca terão demasiadas
dificuldades em ganhar menos mal a sua vida – bem como os que não sendo tão
bons assim são de boas famílias e/ou têm boas cunhas; os muito assim-assim e os
desajeitados de todo (apesar das cunhas) serão impiedosamente sacrificados à
regra do jogo, e eliminados. E a regra do jogo é a regra do mercado.
É o que eu digo: não aconselharia
a ninguém mandar de ânimo leve um filho estudar música. É melhor certificar-se
previamente de que é pai ou mãe de um talento fora de série – para a música, e
paralelamente para as relações públicas e para a gestão da sua vidinha. Se
assim não for, pode estar a alimentar no seu descendente uma indigesta paixão e
a contribuir para acrescentar a este mundo cheio deles mais um depressivo
inadaptado. Não será bom para ele nem bom para o público. Nem bom para o Estado,
que mantém (vai mantendo) em funcionamento os conservatórios, os teatros. De
qualquer das formas, será o mercado a dar a esse jovem potencialmente genial a ensinadela
que ele e os pais merecem.
Lá porque o meu pequenito entoa
com facilidade as melodias que ouve, vou pôr-me com ideias, a pensar que ele é
um novo Mozart, o sobredotado que irá lançar para as alturas da Arte uma
família que regularmente só produziu honrados contabilistas?
Será melhor pensar para ele outra profissão. Outra moral, queria
eu dizer. Uma moral mais acessível.
Pondo os olhos no
pobre do Mozart aprendemos que, produzindo ele o que produziu, nunca na vida
lhe deram um prémio de produtividade; nunca na vida lhe pagaram ajudas de
custo; nunca na vida viu senhas de gasolina, nem senhas de presença fosse onde
fosse, nem telemóvel, nem tão pouco alguma vez se gozou de um BMW da empresa. E, inconcebível, nem nunca passou férias no
Brasil!
Pois não. Só teve uma vocação
louca, maior do que ele. Maior até do que o mercado. Maior do que o mundo. E
escolheu – ou escolheram - para ele uma vida e uma profissão que de tão moral
que é chega por por vezes a não ter moral nenhuma.
Pois pois! Ainda bem que não me puseram a estudar música!
ResponderEliminarEu bem pedi, tinha aí uns três anos, que me arranjassem um piano. Que não, que era muito caro!
Tanto pedi que o "menino jesus" me trouxe um vibrafone de palhetas metálicas dentro de uma armação azul claro em forma de piano.
É evidente que o "menino jesus" não percebia nada de música nem de instrumentos.
A pedincha continuou: ao menos uma guitarra!?
Depois de umas gaitas de beiços do "Fado Portuguez" que a saliva e a curiosidade engenheira destroçaram, lá apareceu um violão plástico com linhas de pesca a servir de cordas e com cravelhas que desenroscavam ao tanger.
Aos seis anos a minha mãe lá foi falar com uma professora de piano. As aulas eram muito caras. -Mas tem piano em casa? -Não não tínhamos piano em casa; sim havia um piano em casa da tia-avó do menino, mas não era dela, era dos meninos da casa e ele era só a serviçal, e o piano não estava acessível ter-se-ía de pedir autorização...
Ao entrar na escola preparatória havia finalmente educação musical. E podia-se aprender a tocar um instrumento...
-Lamentamos muito mas todos os instrumentos estão já tomados não há violas, nem flautas. Privilegiamos os alunos que já têm formação musical sabe!?... Mas se tiver um instrumento poderá assistir ...
O Gonçalinho tocava violino. Conhecia-o desde a instrumentação primária em que tínhamos sido da mesma classe. O Gonçalinho soava mal mas no sarau de Natal a professora fez questão de sublinhar que era uma peça muito difícil e que representava um grande feito o Gonçalinho poder tocá-la assim tão mal.
Depois veio o 25 de Abril de 1974. Felizmente veio e acabaram-se as aulas de música. Decidi ir voluntáriamente aprender Inglês, calhava ao Sábado. Fui um bom aluno.
Entretanto esqueci-me de aprender música e passei a escutá-la. Dediquei-me a desenhar, que era coisa que desde tenra idade me incentivavam como forma de estar sossegado sem fazer barulho.
Agora penso, o meu pai trabalhava de noite e dormia de dia será que era por isso que não queriam que eu fizésse barulho? ...Tocásse um instrumento como o Gonçalinho?
Nãaa! De facto não havia dinheiro para dar a um pobre. O máximo que a minha mãe fazia era dar-lhes um prato de sopa e uma carcaça com o que houvesse.
Tudo o que não tenha a ver com finanças ou "novas tecnologias" não interessa para a formação dos meninos, para os quais "legitimamente" se deseja um futuro risonho de gestor com todas as mordomias inerentes... Belo e,como sempre lúcido, texto...Obrigada, Joel.
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