DON LUÌS
Detesto
a proliferação da informação. Se eu fosse um ditador limitaria a imprensa a um
único jornal diário e a uma única revista, sendo os dois rigorosamente
censurados. Esta censura seria aplicada só à informação, deixando a opinião
livre. A informação espectáculo é uma vergonha.
Uma
noite vesti-me de freira, um excelente disfarce. Cheguei a pôr um toque ligeiro
de baton e pestanas postiças. Íamos pelo Boulevard Montparnasse, eu e alguns
amigos, um deles disfarçado de frade, quando de repente vimos dois polícias
dirigirem-se a nós. Pus-me a tremer debaixo da minha touca de religiosa porque
em Espanha estas brincadeiras eram punidas com 5 anos de prisão. Os polícias
param, sorridentes, e um deles dirige-se a mim, boa noite, irmã, posso ser-lhe
útil em alguma coisa?
Tome
cuidado. Sinto em si tendências surrealistas. Afaste-se dessa gente.
Confesso:
apesar de todo o meu ódio pela informação gostaria de, depois de morto e
enterrado, poder levantar-me de entre os mortos de dez em dez anos, ir a um
quiosque e comprar alguns jornais. Com eles debaixo do braço, pálido, roçando
as paredes, voltaria ao cemitério e leria os desastres do mundo, antes de
voltar a adormecer satisfeito, abrigado pelo túmulo.
Os avisos de Abel Gance para Luis Buñuel
se afastar do grupo dos surrealistas não deram resultado. Ou deram o resultado
contrário, visto que foi mesmo entre os surrealistas que Buñuel estabeleceu os
seus contactos e a sua estética, Breton, Aragon, Éluard, Dali, Man Ray, embora
nunca se considerasse um militante surrealista.
Os surrealistas eram belos – Dali fê-lo
notar a Buñuel -, de uma beleza luminosa e leonina. A moral surrealista, para
Buñuel, era agressiva e ia contra a moral corrente. Privilegiava a paixão, a
mistificação, o insulto. Evidenciava-se pelo humor negro, pela tentação dos
abismos. Era exigente e perigosa. E mais firme e coerente – segundo Buñuel
pensava na juventude – do que a outra moral, a burguesa. Para eles, a vergonha
maior era o trabalho assalariado. Há eco disso num filme já da maturidade de
Buñuel, Tristana, quando uma
personagem diz: Pobres trabalhadores!
Cornudos explorados! O trabalho é uma maldição.O trabalho que se tem de fazer
para ganhar a vida não enaltece. O que enobrece o Homem é o trabalho que se faz
por vocação, por prazer. E vês tu? Eu vivo mal. Mas vivo sem trabalhar
É encostado ao surrealismo que Buñuel
produz os primeiros escândalos cinematográficos. Un Chien Andalou. O tal filme em que se vê o corte de um olho com
uma lâmina de barba. Seguiu-se L’Age
d’Or.
O escândalo era o ponto capital da
cartilha revolucionária dos surrealistas. Cuspir nas bandeiras nacionais,
insultar as forças armadas, injuriar os políticos e outros notáveis, troçar de
Deus e da religião, odiar as polícias. E, artisticamente, escrever, pintar ou
pôr em cinema ou em teatro a primeira ideia que ocorresse, evitando trabalhá-la
racionalmente. Isto para resumir muito, claro está. O surrealismo foi uma
escola estética que chegou a produzir obras-primas, sem dúvida nenhuma, e a par
disso talvez fosse também uma escola de comportamentos civis e quotidianos
chocantes e provocatórios, uma militância do escândalo como parte de uma
revolução mais eficaz do que outra qualquer.
Mas o filme surrealista Un Chien Andalou enchia as salas de
cinema e encheu de suspeitas os do grupo surrealista. Um filme provocante a
encher as salas? Será que ele não era assim tão provocante? Buñuel teve que se
explicar.
Breton interpela-o:
- Você afinal está connosco ou está com a
polícia?
Buñuel chegou a casa e não dormiu. Sou
livre nos meus actos. Eles não têm quaisquer direitos sobre mim. Nada me obriga
a obedecer-lhes. Eles não são mais do que eu. E a meio da noite, por outro
lado: eles têm razão, tu não és livre; a tua liberdade não passa de um fantasma
coberto com um manto de névoa, queres agarrá-la e ela escapa-te, ficas com um
vestígio húmido nos dedos.
Para Buñuel, o argumento ideal seria o
que tivesse como ponto de partida a banalidade: por exemplo, um mendigo
atravessa uma rua, vê a mão que sai da
porta aberta de um carro de luxo e lança fora metade de um havano. O mendigo
precipita-se para apanhar o charuto, vem outro carro por detrás dele e mata-o.
Buñuel refere a ideia bebida num romance
de Roger Caillois. O mundo e a vida seriam completamente diferentes se a
atitude de Pôncio Pilatos tivesse sido outra.
Pilatos seguiria o seu desejo de justiça.
Após uma noite de insónia, tomaria a decisão: libertaria Cristo. Cristo seria
acolhido pelos discípulos com alegria imensa, prosseguiria a sua vida,
difundiria os seus ensinamentos e morreria bastante velho, considerado homem
santo. Por um século ou dois haveria peregrinações ao túmulo. E depois seria
esquecido. E a História do mundo seria outra.
Claro que o surrealismo pode partir de
uma concepção ateísta. O acaso. O mistério. O ateísmo de Buñuel conduzia
directamente à aceitação do inexplicável e do princípio de mistério que
revestiria o universo. Aceitava viver numa escuridão. A acção de uma divindade
organizadora cuja acção era ainda mais misteriosa do que o mistério mesmo do
universo, levava Buñuel à escolha entre dois mistérios, e entre dois mistérios escolhi o meu, porque
pelo menos me preservava a liberdade moral.
A fúria de compreender, e
consequentemente de rebaixar e mediocrizar, toda a vida me incomodou. Incomodam-me
as perguntas imbecis, porquê isto, porquê aquilo. Buñuel achava essa uma das
maiores infelicidades da natureza. O melhor talvez fosse entregarmos o nosso
destino ao acaso, aceitar. Talvez assim
se conseguisse uma certa felicidade muito semelhante à inocência.
Buñuel tinha a particularidade insólita
de ser um realizador de cinema de renome mundial que padecia de surdez. Mas
tinha adorado Wagner. Usara a música dele do primeiro ao último filme.
Mas será uma das personagens do seu filme
A Via Láctea a dizer: o meu ódio pela ciência e o meu desprezo
pela tecnologia conduziram-me finalmente a este absurda fé em Deus.
Os psicanalistas escreveram longamente
sobre os filmes de Buñuel – e é claro que estamos num tempo em que os filmes
exprimiam vida e ideias. Buñuel agradece aos psicanalistas que lhe analisaram a
obra, mas declara que nunca os leu, persistindo no seu horror a compreender, na
sua felicidade em acolher alegremente o inesperado.
Gosto
dos anões. Admiro a segurança que têm em si próprios. Algumas mulheres gostam
de anões talvez porque lhes dê a impressão de estarem a lidar ao mesmo tempo
com um amante e com uma criança.
As duas grandes amizades da juventude de
Luis Buñuel eram Salvador Dali e Lorca. Até ao fim da vida insistiu em desafiar,
até para o murro, quem dissesse que Lorca era homossexual. A certa altura da
sua vida, na América, sem dinheiro, Buñuel consegue um emprego no Museu de Arte
Moderna de Nova York. Já então as grandes amizades se tinham diluído. Lorca
morria assassinado pelos falangistas de Franco.
Dali manifestava-se a favor dos
fascistas na guerra civil de Espanha, enquanto também ele emigrava para a
América e escrevia um livro, A Vida
Secreta de Salvador Dali, onde falava do amigo Luis Buñuel e o apresentava
como um ateu – o que, no contexto americano parecia ser ainda mais grave do que
ser chamado de comunista. Resultado: Buñuel é despedido do emprego no Museu de
Arte Moderna. E depois vai ter com Dali.
Bebem champanhe no bar de um hotel
novaiorquino de luxo. Buñuel quase vai à cara de Dali, chama-lhe porco, está
sem trabalho por causa dele e do maldito livro que escreveu. Dali responde-lhe
com toda a calma: ouve uma coisa, Luís, escrevi aquele livro para me pôr a mim
num pedestal e não a ti.
Buñuel encontra-se com outro realizador
então no patamar da celebridade mundial. Nicholas Ray. Ray, americano, quer
perceber como é que Buñuel consegue fazer filmes tão importantes com orçamentos
tão pequenos. Buñuel (que nessa época filmava no México) replica: dimensiona os
seus filmes ao orçamento de que pode dispor. Se não o fizer não poderá filmar.
E desafia Ray a fazer a experiência.
- Você, que já é um realizador célebre,
tente conquistar a sua liberdade. Rodou agora um filme de 5 milhões de dólares,
não foi? Então experimente rodar outro a seguir por 400.000 dólares e veja a
diferença que vai sentir em si próprio.
Resposta de Nicholas Ray:
- Você não deve estar bom da cabeça; se
eu fizesse isso, em Hollywood toda a gente iria pensar que e estava arruinado,
que as coisas me corriam mal. Seria o meu fim. Nunca mais filmaria nada.
Buñuel nunca discutia os itens
financeiros de um contrato. Ou aceitava ou recusava. Nunca fazia nada só pelo
dinheiro. E quando recusava não havia oferta que o demovesse.
Aquilo que não faço por um dólar também não
o farei por um milhão de dólares.
Gosto
das cobras e dos ratos. Vivi sempre com ratos. Domesticava-os. O rato é um
animal apaixonante e muito simpático. Quando estava no México cheguei a ter 40
ratos. De vez em quando ia soltá-los à montanha.
No período mexicano, Buñuel admite ter
filmado assuntos que não o interessavam e ter trabalhado com actores de fraca
qualidade. Mas assevera nunca ter filmado uma cena contrária às suas convicções
e à sua moral pessoal.
Los
Olvidados. Um
filme rodado no México sobre crianças pobres e abandonadas que viviam de
expedientes, na linha de Sciuscià, de
Vittorio de Sica. O filme teve êxito na Europa, nomeadamente em Paris. Mas
desagradou ao Partido Comunista Francês. Os críticos de cinema do Partido são
proibidos de se referir ao filme. George Sadoul é um deles. Vai encontrar-se
com Buñuel num café da Étoile.
- Mas porquê?
- Ora, porque é um filme burguês.
- Mas burguês como?
- Vê-se um dos jovens a ser perseguido
por um pederasta que lhe faz propostas. Chega um polícia e o pederasta foge.
- E então?
- O que significa que a polícia ainda
pode desempenhar um papel útil. Ora isso não se pode dizer… ah, e na cena da
casa de correcção tu mostras um director bastante gentil e humano, que deixa o
rapazinho sair para comprar cigarros.
- Não pode ser…
- Não. Isso não pode ser, um director de
uma casa de correcção não pode ser visto assim…
Dias depois, o cineasta soviético
Pudovkin vê o filme, gosta, escreve um artigo entusiástico no Pravda e a
atitude do Partido Comunista Francês e dos seus críticos de cinema muda de um
dia para o outro.
Os
paranóicos são como os poetas. Já nascem assim. Interpretam depois a realidade
no sentido da sua obsessão, com a qual tudo se relaciona.
Jean Cocteau marca encontro com Buñuel no
bar do Hotel Carlton de Cannes. Buñuel aparece pontualmente ao meio dia. Não vê
Cocteau. Espera meia hora, nada, vai-se embora. À noite, Cocteau pergunta-lhe
porque não apareceu ao encontro. Buñuel conta o que se passou. Cocteau jura-lhe
que fizera exactamente o mesmo e também não o vira. Conferem os pormenores,
quem estava, quem passou, quem entrou, quem saiu. Batia certo. Os pormenores
coincidiam. E no entanto, não se tinham visto um ao outro.
Uma
das grandes melancolias da minha vida é não poder ouvir música. Se houvesse um
milagre que me devolvesse esta faculdade, a minha velhice estaria salva, a
música seria morfina bastante doce, conduzindo à morte sem alarme.
Nos tempos de jovem, além de Wagner,
tinha gostado de Beethoven, de César Franck, de Schumann, de Debussy.
Numa
coisa sou anti-espanhol: gosto de comer cedo, de me deitar e levantar cedo.
Gosto
do Norte, do frio e da chuva, e nisto sou espanhol. A chuva faz as grandes
nações.
Não
gosto dos possuidores da verdade, sejam eles quem forem.
Tenho
horror aos fotógrafos de imprensa. Gosto da pontualidade. Gosto e não gosto de
aranhas. Tenho horror á multidão. Adoro os bares, o álcool e tabaco. Gostei de Sade.
Quando ouvia bem, Buñuel adorava ópera.
Começou a ir à ópera com três anos, levado pelo pai. Começara pelos italianos e
acabara em Wagner. Confessa que por duas
vezes nos seus filmes plagiou libretos de ópera: o Rigoletto, em Los Olvidados
(num certo episódio que metia um saco) e Tosca, num filme chamado A Febre Sobe em El Paso, cujo entrecho
diz ele que segue de uma maneira geral o da Tosca.
O disfarce é uma experiência apaixonante,
diz ele. E recomenda essa experiência porque permite viver uma outra vida. É
disfarçar-se de operário para uma pessoa apreciar como todos a tratam, como lhe
passam à frente numa fila, como as raparigas passam por ele sem o olhar. Este
mundo não está feito para quem se veste de operário. Na juventude, em Madrid,
Luis Buñuel disfarçou-se muito. De padre. De oficial do exército. Uma vez,
porque um soldado não lhe bateu a pala como devia ser, mandou-o apresentar ao
oficial de dia do quartel, dizendo que ia da sua parte. Diz-se que ele e uns
amigos também se disfarçavam de freiras só para se roçarem pelos homens nos
carros eléctricos.
Gosto
dos claustros. Não gosto dos cegos, tal como da maior parte dos surdos.
E entre os cegos de quem Buñuel não
gostava contava-se Jorge Luis Borges. Era um bom escritor, sim, mas o mundo
estava cheio de bons escritores – e nem Buñuel respeitava especialmente alguém
só por ser bom escritor. Conheceu-o e achou Borges presunçoso e adorador de si
próprio, petulante e exibicionista.
Claro
que se eu encontrasse Borges de novo talvez mudasse de opinião.
Detesto
John Steinbeck até à morte. Steinbeck não seria nada sem os canhões americanos.
E com Steinbeck, no mesmo saco ponho Hemingway e John dos Passos. Se tivessem
nascido no Paraguai ou na Turquia quem se daria ao trabalho de os ler? É a
potência de um país que decide os grandes escritores.
O
Anjo Exterminador é um dos raros filmes que Buñuel voltou a
ver. E o que viu nesse seu filme foi um grupo de pessoas que não podem fazer
aquilo que têm vontade de fazer: sair de uma sala. Tema recorrente no universo
buñueliano. A inexplicável impossibilidade de satisfazer um desejo.
Em L’Age
d’Or um casal quer juntar-se e não consegue. Em Cet obscur Objet du Désir há o desejo sexual de um homem que
envelhece. Em Archibald de la Cruz, o
protagonista tenta matar-se e não consegue. Em O Charme Discreto da Burguesia um grupo de pessoas desejam fortemente
jantar juntas e não conseguem. Na vida como nos filmes também Buñuel se sentia
estranhamente atraído pelas coisas que se repetem. Não sabia porquê, e também
nunca procurou uma explicação, avesso que era, como se viu antes, às explicações.
Interessava-se pelo fetichismo sexual,
claro. Sentia uma atracção teórica e exterior pelas perversões sexuais.
Divertia-se com isso, e não obstante nada havia de perverso no seu
comportamento. O contrário seria surpreendente, diz, o perverso não pode
mostrar publicamente que o é, é esse o seu segredo.
Pode
discutir-se o conteúdo de um filme, a sua estética, o seu estilo, a sua
tendência moral, mas o filme nunca deve aborrecer.
O
tempo não muda nada às coisas, vive-se no interior de si próprio, as viagens
não existem.
- Don Luis, acha que vai ganhar o Óscar?
- Sim, estou convencido que sim. Já
paguei os 25.000 dólares que me pediram. Os americanos têm defeitos, mas são
homens de palavra.
Dias depois, os jornais mexicanos titulam
que Luis Buñuel havia comprado o Óscar da Academia por 25.000 dólares.
Escândalo em Los Angeles.
O produtor pergunta a Buñuel o que lhe
teria passado pela cabeça para dizer aquilo.
- Oh, era uma brincadeira inocente.
Três semanas depois, o filme (Charme Discreto da Burguesia) ganha o Óscar de melhor filme estrangeiro, e Buñuel continua a repetir para quem o
queira ouvir: os americanos têm defeitos
mas são homens de palavra.
Elemento capital, e estrutural, no mundo
de Buñuel: os sonhos. Foi o gosto de sonhar muito sem tentativas de de
explicação que o levou aos surrealistas. A terra está envolta num manto de
sonhos perdidos.
Aos
60 anos, envergando o meu velho uniforme, volto à caserna em Madrid onde fiz o
serviço militar. Tenho medo que me reconheçam. Tenho vergonha de ser soldado
com esta idade. Preciso de me encontrar com o coronel para lhe falar do meu
caso. Como é possível? Julgava que tinha feito a tropa e afinal não tinha.
O meu pai está sentado à mesa com a família.
Come pouco e lentamente. Não fala. Sei que está morto e murmuro para a minha
mãe e para a minha irmã: é preciso que ele não saiba de maneira nenhuma que
está morto.
A minha mão invisível estende a Hitler uma
folha de papel. Dou-lhe 24 horas para mandar fuzilar Goering, Himmler,
Goebbels, e todo resto da pandilha. Hitler manda chamar as secretárias e berra:
quem é que me trouxe este papel?
Encontra-se com Breton, o chefe de fila
dos surrealistas, já em 1955. Breton
tinha-se separado de Dali. Dali tornara-se um comerciante miserável. Agora
separava-se de Max Ernst pelas mesmíssimas razões.
- Os surrealistas apenas acabam de ter
êxito tornam-se mercenários. É triste dizer, meu caro Luis, mas o escândalo já
não existe.
Chega à velhice e afirma que a ciência é inimiga do Homem. A ciência adula no Homem um instinto de omnipotência que o leva à destruição. Até aos 75 anos ele não detestava a velhice. Encontrara uma calma nova, um contentamento, uma libertação, o desaparecimento do desejo sexual.
Já
desde há vários anos, de cada vez que deixo um lugar que conheço bem, onde vivi
e trabalhei e que faz parte de mim, Paris, Madrid, Toledo, páro um instante
para lhe dizer adeus. Adeus San José. Conheci aqui momentos felizes. Sem ti, a
minha vida teria sido diferente. Mas vou-me embora e tu continuarás sem mim. E
digo adeus a tudo, às montanhas, às fontes, às árvores, às rãs…
Gostei, obrigado.
ResponderEliminarPena a Antena 2 ter hoje ficado outra vez "sem voz", entre as 13h e as 14h...