quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


   

   
       

     OS CÍNICOS

Se bem historiadas estas coisas da democracia, e genericamente da política, não é possível passar ao lado dos que tiveram da ciência política uma visão cínica. Cínica e realista, pois então. Cínica, realista e pessimista, se se quiser ir mais longe.

                                                            

 A Mosca, a Pareto, a Sorel – não falando do velho Maquiavel, de que estes acabam por ser subsidiários – não escapou a fatalidade das desigualdades. A desigualdade teria de ser a regra de um governo. Democracia? Pura ilusão; ou pior: mistificação. Impossível o funcionamento de uma democracia. Será sempre o poderio de uma minoria a impor-se à vontade das massas. E o resto é conversa. E cada vez acredito mais nestes rapazes… está à vista…
A História do Homem e das comunidades não seria então outra senão a História da luta pelo poder entre as elites. Há dúvidas?
Talvez o mais notável destes neo-maquiavelistas seja o italiano Wilfred Pareto. Esse colocou em cima da mesa uma quantidade de constantes psicológicas que determinariam as doutrinas e as teorias mais correntes da ciência política. A essas constantes psicológicas chama ele de resíduos, ou derivações. Eram resíduos ou derivações tudo o que movia a História. Pareciam-se com instintos. Não pertenciam às categorias do racional, eram um eterno pano de fundo de muitas derivações.
Pareto fartava-se de rir quando lhe vinham com a conversa da luta de classes. Não, filhos, o que há é uma incansável circulação de elites, e a História não passa da substituição interminável de umas elites por outras. E digo-vos mais, filhos: a natureza ou o carácter de uma dada sociedade terá de ser encontrada no carácter da sua elite – e disto, digo eu, disto, quem é português sabe de sobra. 
E Pareto vai por aí fora, separando necessariamente a elite governamental da elite não-governamental, claro está… mas sempre elite.
Ezra Pound, nas desaforadas diatribes dos tempos italianos e fascistas, disparou contra o parlamentarismo aos microfones da Rádio Roma. Dizia ele: todos os sistemas de eleições parlamentares são superficiais. Ou talvez não sejam totalmente superficiais, mas devia haver algo de mais profundo, uma convicção, uma realidade. Não pode haver apenas demagogia e mentira.


E já agora, deixem-me citar o homem que Ezra Pound muito admirava no tempo em que escreveu o que anteriormente citei, esse mesmo: Mussolini. Mussolini prefaciando Maquiavel.
As revoluções dos séculos XVII e XVIII procuraram resolver o conflito que está na base de toda a organização social pública, ao considerarem o poder como uma encarnação da livre vontade do povo. Pura ficção. Pura ilusão.
Continuo a citar Mussolini: Quando muito, o povo poderá delegar, mas nunca exercer qualquer soberania. Os sistemas representativos pertencem mais à mecânica do que à moral. Mesmo nos países em que esses mecanismos, depois de séculos e séculos de funcionamento, se tornam quase perfeitos, surgem horas solenes em que o povo deixa de ser consultado (…) ordenam-lhe que aceite sem mais explicações uma revolução, que aceite uma paz, que marche contra a incógnita de uma guerra. E por aqui se vê que a soberania graciosamente concedida ao povo lhe é retirada precisamente nos momentos em que ele mais poderia desejá-la.
Ainda dentro do mesmo registo. Depois do estrondoso triunfo dos nazis em eleições livres, em 32/33, Goebbels escreveu no diário: a vitória é nossa. É muito menos do que poderiamos esperar. Mas o que significam os números daqui para o futuro? Somos senhores do Reich e da Prússia. Todos os outros partidos foram derrotados.
Que Deus Nosso Senhor me valha, mas a sensação – apenas a sensação, é claro – que me assalta assim que chega a noite de um domingo eleitoral português e fico a saber que tal ou tal partido conseguiu uma maioria absoluta é de que a democracia portuguesa irá passar mais 4 anos a dar passos à rectaguarda. Porque me parece difícil que um recém-eleito 1º ministro, mesmo medular democrata, no recôndito da sua consciência não pense, por um momento que seja, como Goebbels: que significam os números daqui para o futuro – e este futuro são 4 anos -, sou senhor de Portugal, os outros partidos foram derrotados. E é a partir desse dia que o nóvel 1º ministro…
Sim, é a partir desse dia que o nóvel 1º ministro sente poder permitir-se fazer o contrário de tudo o que disse e prometeu em campanha eleitoral – que me seja relevado o exagero, se o houver.
Pelos 4 anos que se seguem os números deixam de significar, os outros foram derrotados, ele é senhor do país, e se disse que nunca aumentaria os impostos, por exemplo, depois da maioria absoluta está deserto por aumentá-los. Depois de uma maioria absoluta, os números deixam de significar, e mesmo perante o protesto das palavras dos outros, dos que desta vez perderam a eleição, mas que da próxima a ganharão e reflectirão também um pouco como Goebbels e farão exactamente o mesmo que fez o nóvel e imaginário 1ºministro de que acabei de falar.
E a fragilidade da democracia foi muito patente naqueles anos 30 do século XX, quando os nazis chegaram ao poder por via e por meios formalmente democráticos – e contando com uma conjuntura peculiar, eu sei – e o mesmo Goebbels podia permitir-se escrever: vamos introduzir-nos no Reichstag para, no arsenal  da democracia nos fornecermos das suas próprias armas. Vamos ser deputados e vamos paralizar o regime de Weimar com o apoio de Weimar. Quem é eleito para o parlamento só fica inibido se quiser ser mesmo um parlamentar. Mas se, com ousadia, quiser continuar a luta implacável contra o aviltamento da vida pública, não será um parlamentar, será um revolucionário. Mussolini também era membro do parlamento e pouco depois marchou sobre Roma à frente dos seus camisas negras…
A melhor das democracias, e com as corrupções conceptuais e de sentido que ao longo da vida lhe têm sido feitas, transporta em si armadilhas capazes de fazer dela um para-fascismo sem ser preciso uma ditadura militar e sem deixar de se lhe chamar democracia. 


É uma realidade que estamos desgraçadamente a viver
Nos tempos que correm seria intolerável a existência de uma censura daquelas claras, assumidas, fascistas – claro que existe censura, mas é democrática e disfarçada de outras coisas.
Ditadura militar? Os militares inseriram-se de tal jeito no nivelamento por baixo da sociedade e da permissividade democráticas que fizeram esquecer até aos mais velhos a sua autoridade moral de outras eras. As tropas nacionais profissionalizaram-se. A mística do oficial pronto a sacrificar a vida ao serviço da pátria perdeu-se tanto quanto a mística da própria pátria.
E pelo aumento brutal das despesas militares, os próprios militares ficaram tão enfeudados quanto os políticos ao grande poder económico. As novas gerações de oficiais não me cheira a que estejam muito viradas para golpes e putschs. Além do mais porque não é preciso. Além do mais porque seria europeisticamente intolerável.
A democracia presente, ainda que por ínvios modos, tem no seu arsenal de fogos de artifício políticos todos os meios necessários para se parecer com uma ditadura sem formalmente a ser.
Acho que estavam errados os que diziam que o fascismo era o último recurso do capital para operar a máxima exploração sobre o trabalho. Não acho que o fosse. Uma democracia liberalmente asseada, parlamentar, representativa, faz muito bem esse serviço – faz muito melhor, acho eu – e sem violências físicas; e sem que o capital fique mal visto.
Além do mais, as polícias especiais e de choque, e os métodos de recolha de informação pessoal de cada cidadão continuam a existir, muito mais refinados e eficazes, e a vida política é mais complexa e há fenómenos novos a que não vale a pena chamar de fascismo porque, podendo até sê-lo na operacionalidade, não podem, em teoria, ser chamados de tal. 
Mao Tsé Tung, acabado de chegar ao poder revolucionário, denuncia a liberdade em abstracto das democracias ditas burguesas.  Admite que acaba de instaurar uma ditadura. Acentua a necessidade de instaurar uma ditadura, chamando-lhe paradoxalmente a ditadura da democracia.
                                                                                                                            

Para Mao Tsé Tung, os reaccionários não teriam direito a nada e só o povo teria o direito de voto – voto em quem, pode perguntar-se. Seria assim uma democracia para o povo e uma ditadura para os reaccionários. E restava saber quem seria o juíz que estipulava se eu era reaccionário se eu era povo.      Mao seguia a cartilha de outros seus mestres. Lenine – falar de liberdade e igualdade enquanto as classes não forem abolidas é um logro. E a pergunta a pôr é a seguinte: a liberdade é para que classe? Com que finalidade?
E Lenine disse mais – oh, muito mais: quanto mais uma república é democrática mais brutal e cínica é a tirania do capitalismo. Os EUA são uma das repúblicas mais democráticas do mundo e em nenhuma outra nação o poder de um punhado de milionários sobre toda a sociedade se revela tão brutalmente e com métodos de corrupção tão descarados como nesse país…
E quem tenha estado atento às últimas vicissitudes (económico-financeiras, nomeadamente) da vida americana é capaz de não achar o julgamento de Lenine tão disparatado como isso…
E quem for isento e tiver espírito de observação, ou pelo menos quem neste momento estiver a contas com dívidas à banca por empréstimos para adquirir bens supérfluos que lhe foram induzidos como essenciais pela publicidade do capital multinacional, deve ponderar muito bem as palavras de Lenine – cujo regime político alternativo ao que vivemos, também tenho que o dizer (e embora por outros motivos) não era flor que se cheirasse.                                            
Quando, há 40 anos, ouvíamos falar de democracia… pergunto: em que estaríamos, revirando os olhos de cobiça, a pensar?


Em que é que aqueles que nos falavam de democracia e de liberdade estariam a pensar? Seria o mesmo que nós? Seria em liberdade para o homem comum assalariado?

                       


Na verdade, quando, faz agora 40 anos, nos falaram de democracia e de liberdade, queriam efectivamente dizer-nos que essa democracia e essa liberdade para o homem comum assalariado consistia em votar de 4 em 4 anos, porque a liberdade era para os grandes negócios (os maiores possíveis), e para o mercado, e muito menos para quem vivesse de um salário?

                     

Quem vive de um salário, tem a democrática liberdade de votar todos os 4 anos. Tem de sofrer os aumentos de preços de custo de vida, para fazer funcionar majoradamente os lucros do capital. Claro. Tem de sofrer a ditadura de outros. A ditadura de quem manda fixar os preços, a ditadura de quem manda fazer as leis de trabalho e da habitação. E quem manda fazer tais leis sim, vive em democracia pleníssima, pode ganhar o dinheiro que quiser – aliás, deve ganhar o máximo de dinheiro que possa… para fazer funcionar melhor os mercados, ou, perdão, a democracia…


Continuo a  citar Lenine, sem contudo, repito, dizer que o regime alternativo que ele propunha fosse flor que se cheirasse. E citando Lenine, digo: o mecanisno da democracia capitalista observa-se por toda a parte nos pormenores da legislação eleitoral, no funcionamento das instituições representativas, na organização capitalista da imprensa, na restrição sobre restrição que paira sobre a democracia, restrições que, somadas, eliminaram os pobres da participação activa nessa mesma democracia.
Mas já Karl Marx o dizia: autoriza-se os oprimidos a decidir periodicamente, para um certo número de anos, qual será de entre os representantes da classe dominante aquele que os representará e os calcará aos pés no parlamento.

            

A democracia formal e representativa arrisca-se a ser a forma ideal de governo para grandes industriais, grandes comerciantes, grandes intermediários, banqueiros e outros agiotas – veja-se o lucro dos nossos bancos e recorde-se o problema do paralelo endividamento familiar.

                         
                      
O grande problema disto tudo é que a esse sistema, quer seja a bem quer seja a mal, não poderemos opor o sistema comunista, ou fascista, porque desse modo se não morriamos do mal morreriamos da cura e nem tinhamos alternativa de lhe preferir uma democracia bem burguesa e bem representativa, porque iriamos logo no dia seguinte parar ao goulag. Ou a um qualquer Tarrafal. Aí está um insolúvel problema político de todas as eras desde que se começou a pensar nestas coisas, e desde, sobretudo, que se começou a agir.


Vejamos: era a ideologia o que noutros tempos mantinha em respeito o ávido e agressivo poder económico. E mantinha-o em respeito porque subordinado ao poder político, coisa com que o grande capital mundial não atinava nem por nada.
Mas verdade seja dita que esse poder político que subordinava a si o poder económico, não deixando de ser político só por acaso se legitimava pelo sufrágio universal. Ora aí está: eram as ditaduras fortemente ideológicas, fascistas e comunistas. E bem visto, nem Hitler, por mais que se diga em seu desabono, foi meigo para com o poder económico.
É claro que em fascismo os grandes capitalistas enriqueciam à barba longa e em comunismo não.
Os capitalistas em fascismo enriqueciam, mas não mandavam no Estado. Como não havia eleições livres ninguém lhes pedia dinheiro para pagar campanhas eleitorais e eles não tinham por onde mandar.


Ora aí é que bate o ponto… um dos pontos…
A generalização da democracia no pós II Guerra abre todas as portas à finança – precisa muito dela, é certo – e a breve trecho deixa-se reduzir a joguete nas mãos do poder económico-financeiro.

                                  
E quanto mais os dirigentes democráticos se mediatizaram, se mediocrizaram e perderam prestígio, mais a democracia foi usada em proveito do poder económico-financeiro.


Ou o contrário. Quer dizer: quanto mais o poder económico-financeiro puxava os cordelinhos do poder político em democracia, mais os dirigentes políticos se reduziam à insignificância, até caírem no espectáculo de mediocridade a que assistimos hoje, e fortemente financiados nas suas campanhas, claro está, pelo poder económico-financeiro. O que é legal, legalíssimo, sim senhor, mas que não sei se será politicamente muito moral.



O poder económico em democracia tem a estricta obrigação de promover… diga-se melhor, de vender, ao eleitorado, as caras político-partidárias que lhe convenham. Ou ainda ingenuamente pensamos que os favores financeiros não se pagam politicamente? Cá por mim, há muito que a cada acto eleitoral, e ao ver as caras dos candidatos aos vários altos cargos me habituei a perguntar qual será o grupo económico, ou grupos, que estão por detrás deste? Quem serão os capitalistas que pagam a campanha daquele? No caso das autárquicas até acho que a cada acto eleitoral em vez de nomes políticos no que acabo sempre por votar é em empreiteiros…
Mas serão só os homens políticos tomados individualmente? É óbvio que não. E os partidos? Quem os paga? A quotização dos militantes – cada vez menos, ainda por cima? Não brinquemos com coisas sérias – ou pelo menos sérias para nós…
E será pelos lindos olhos de um candidato a qualquer coisa que o poder económico lhe financia campanhas milionárias? Com certeza que não. Então, se não, é em troca de quê? De favores.
Favores que nem serão favores, porque favor foi o que o capitalista fez ao político ao pagar-lhe a campanha que o atirou para o poder e lhe permitiu realizar os sonhos de mando de toda uma vida.
Que o atirou para o poder? Que poder?
Claro que o poder económico sustenta financeiramente o funcionamento da política e quer uma contrapartida, uma contrapartida em facilidades políticas para desenvolver os seus negócios e lhe permita naturalmente ser cada vez mais poder económico, ou seja, desenvolver-se, crescer, lucrar ainda mais.
E lá vêm os impostos. Leoninos para quem trabalha. Suaves para quem emprega. E assim porque é preciso desenvolver a economia nacional e os capitalistas só desenvolvem a economia nacional na condição de aumentarem os lucros próprios. Claro como água.
E até se poderia questionar o que significa isso de desenvolver a economia, porque esse desenvolvimento da economia beneficia incomparavelmente mais quem emprega do que quem trabalha.
E quanto mais forte vai ficando o poder económico, mais débil e dependente fica o poder político. Claro como água.
Porque há coisas que só um poder politicamente investido e tornado indiscutível e promotor de obediências cívicas, porque legitimado pelo sufrágio universal, pode fazer. Como por exemplo travar os sindicatos e as reivindicações. Aumentar os impostos – nem seria preciso dizê-lo. Alterar a favor do patronato as leis laborais. Deixar rédea livre aos grandes negócios…
E como deixaram de existir na vida valores que se sobrepusessem ao valor do dinheiro, há até multinacionais com volumes de negócios que ultrapassam o PIB de muitos países.
E é capaz de não ser ficção descabelada pensar que a gloriosa e grega invenção da democracia será gerida no futuro por empórios financeiros à escala mundial e por multinacionais industriais. Tudo se encaminha para aí…


E já agora… não deixa de ser edificante reparar na quantidade de antigos esquerdistas, aplauditores extremados e agressivos dos marxs, dos lenines, dos stalines e dos maos, que perceberam tudo em devido tempo e se bandearam mui prestes para os lados da democracia mais capitalista que se pudesse arranjar. E de maneira tão radical que depressa atingiram os mais altos lugares de comando do regime da democracia burguesa que poucos anos antes tinham combatido. Ou não teriam de facto combatido e os primórdios da vida política deles não passaram de uma representação com vista a uma carreira no futuro?

                      

              É a tal coisa: abaixo o capital… para a gente lhe chegar melhor…

                          

E bem eu gostaria de ouvir um desses políticos outrora maoistas e estalinistas e agora asseadíssimos e importantíssimos democratas e liberais falar com franqueza da evolução fulminante e subtilíssima do seu pensamento político-ideológico; ou então, no caso de serem extraordinariamente honestos, poderem publicamente admitir que na realidade sempre tinham aspirado ao poder, ao poleiro e que já na Faculdade tinham percebido que a melhor forma de chegar ao mais alto poleiro seria para eles começar por desacreditar esse poleiro.
Custa-me a perceber é como pode a democracia confiar, em termos pessoais e políticos, em alguém que um dia – ou em muitos dias da sua jovem vida – abraçou, seguiu e praticou, e muitas vezes sádica e violentamente, até à tortura física - os dizeres do Livro Vermelho de Mao.
Diz-se tão mal da classe política, coitadinha. É moda dizer mal dos políticos. E uma moda que não há meio de passar. E é fácil dizer mal dos políticos. E eu não fujo a essa regra, a essa moda. Claro. Não tenho, de facto, grande consideração pessoal por eles, políticos, mas acabo por admirar aqueles que sempre disseram ao que vinham e assim se mantiveram. Os que disseram logo de entrada o que eram, democratas burgueses, liberais, capitalistas, sociais-democratas, democratas-cristãos, socialistas, comunistas, trotzkistas, maoístas… tenho, nesse aspecto, admiração e até respeito por esses.
Por quem eu não consigo ter um pingo de respeito, desculpem, é pelos que se disseram politicamente uma coisa e de um ano para o outro, do fundo do coração, se disseram outra oposta, e que por sinal era mais vantajosa a todos os títulos do que a primeira. 
É. É o mundo político dos cínicos que me dói. É a dita hipocrisia política que me confunde. E nem sequer o talento da comédia que têm me dá para admirar esses.


1 comentário:

  1. Muito acutilante e dolorosamente verdadeiro, mas o que nos resta, no final de contas?

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