O ROMANCE
ONDE TUDO ACONTECESSE
- Estou a falar contigo já há um
bocado e ainda não te perguntei nada sobre os Cem Anos de Solidão.
- Bem, o que se passa é que o
escrevi, mas ainda não o li.
Gabriel Garcia Marquez, claro. In memoriam. Em entrevista concedida à
Rádio Havana e transcrita pela revista cubana Prisma del Meridiano 80. Dois anos antes desta entrevista havia ele
dado à estampa o Outono do Patriarca.
O entrevistador trata-o por tu, já se percebeu…
- Os
Cem Anos de Solidão… posso afiançar-te que corrigi as provas, mudei algumas
palavras, e desde então nunca mais me atrevi a lê-lo.
- Porquê, hombre ?
- É que os leitores falaram tanto
dele que já não me parece um romance meu. Parece-me mais um romance inventado
pelos leitores. Já nem sei o que penso dele.
-
Mas a ideia…
- Que ideia?
-
A ideia de o
escrever, quando o começaste, o que te levou a escrevê-lo, onde foste buscar as
personagens…
Teremos de tratar de alguns aspectos
prévios da entrevista em que me baseio e igualmente formativos da pessoa e da
carreira de Gabriel Garcia Marquez. Que começa no jornalismo.
Repórter de um jornalzinho da sua
cidade natal, Cartagena de Indias. E por falar em jornalismo, é o próprio
Garcia Marquez que diz ao entrevistador que não há mais Garcia Marquez para
além do jornalista. Então e o novelista e o intelectual antes de…
- Hombre… Tudo isso é jornalismo. O
que muda é a elaboração e o tratamento do material. Os modos de aproximação à
realidade, no meu caso, são os mesmos, seja para o jornalismo seja para a
literatura…
Passe-se por cima das habilitações
literárias de Garcia Marquez. Não frequentou escolas de jornalismo porque não
as havia no seu tempo. Diga-se que andou pela Faculdade de Direito e que
começou no jornalismo aos 18 anos. E já aos 18 anos, diga-se também, tinha na
ideia um romance onde pudesse acontecer tudo… - matéria para o romancista.
Digamos que Garcia Marquez não
começou como repórter. Começou logo no jornalismo como editorialista, fazedor
de opinião. Não era esse o seu campo preferido de manobra na profissão, e até pensava
até que a carreira de jornalista estava estruturada ao contrário.
Disse ele assim:
- Os jovens começam por ser
repórteres. Depois vão progredindo e sendo promovidos, ascendem a
editorialistas, e por fim chegam a directores de jornais. Eu creio que deve ser
ao contrário. Eu creio que a expressão máxima do jornalismo é a reportagem. O
repórter é que sai à rua e recebe os materiais informativos que serão depois
elaborados.
Garcia Marquez chega à redacção do
maior jornal colombiano dessa época – não sei se ainda o é hoje - El Espectador. É repórter e não admite
vir a ser promovido a qualquer outra coisa.
A partir do El Espectador realiza o sensacional trabalho jornalístico que muito
mais tarde vem a aparecer em livro, o Relato
de Um Náufrago, chama-se. Um destroyer
da armada colombiana que vinha dos EUA apanha um golpe de mar e deita borda
fora seis dos seus marinheiros. Que morrem afogados. Mas passados catorze dias
um dos náufragos dá à costa. Catorze dias sem comer nem beber, perdido no Mar
das Caraíbas.
A marinha faz do rapaz um herói
nacional. Condecorado. Entrevistas. Sessões de fotografia. Diz Garcia Marquez
que o trataram como uma rainha de beleza. O relógio. Sim, o relógio, a marca do
relógio do rapaz aproveita e faz publicidade, só um grande relógio aguentaria
catorze dias no mar. Na ocasião o moço calçava sapatos de ténis. A certa altura
admite ter comido um bocado de um sapato. A empresa fabricante dos sapatos de ténis
aproveita e começa a publicitar os sapatos também como género alimentício…
Em suma, como notícia o marinheiro
esgota-se. A certo ponto, a história do náufrago perde actualidade e já ninguém
pode ouvir falar dele. Jornalisticamente era um caso encerrado. Porém, tempos
depois, o rapaz volta a apresentar-se na redacção do El Espectador. Por 3.000 pesos oferece-se para contar a verdadeira
história do naufrágio. Como já não era notícia, não quiseram, assim às
primeiras, dar-lhe os 3.000 pesos e o rapaz foi-se embora…
Isto é, não chegou a ir…
Os homens do El Espectador mudaram de ideias, ainda apanharam o marinheiro na
escada e dispuseram-se a desembolsar os 3.000 pesos pela história, a ver o que
aquilo dava. Entregaram-no ao jovem repórter Garcia Marquez. Tira dele o que puderes, disseram-lhe.
Aquele homem estivera 14 dias no
mar… alguma coisa havia de ter feito durante aqueles 14 dias. Tive que lhe
fazer um interrogatório minucioso, tive que o ajudar a recordar-se…
Gabriel…
isso que você está a escrever é verdade ou mentira?, quer saber o director do El Espectador. Porque a entrevista ia
sendo feita por sessões, por capítulos, com a narração feita pelo marinheiro na
primeira pessoa, e cada sessão era redigida a correr e logo entregue na
tipografia para a edição do dia seguinte. Garcia Marquez responde ao director: não sei se é verdade ou não, só sei que
estou a escrever literalmente o que ele me está a contar. O relato ia em
quatro capítulos e ainda faltavam dois. Diz o director: não senhor, você tem que fazer render isso indefinidamente… as vendas
estão a subir, as tiragens estão a duplicar…
Foi de tal maneira que à hora da
saída do jornal formavam-se bichas à porta da tipografia.
Então
diz-me lá… quando é que realmente ocorreu a tempestade, o golpe de mar?
Não
houve tempestade nenhuma.
Então
como é que foi o acidente?
O
acidente foi que vínhamos dos EUA e todos trazíamos frigoríficos, rádios, televisores,
máquinas de lavar…contrabando…
Num destroyer da marinha colombiana?
Exactamente.
A carga estava mal arrumada,houve um balanço, parte da carga desprendeu-se e
foi por isso que nós os seis caímos ao mar…
Escândalo. Escândalo para a marinha
colombiana. Escândalo para o regime de Rojas Pinilla, que era o ditador
colombiano de serviço nessa época.
Chegam os inevitáveis desmentidos.
Mas havia fotografias. E o rapaz não deixou Garcia Marquez ficar
mal e confirmou tudo o que lhe tinha dito.
Dali, Garcia Marquez foi para Paris.
1958. De Paris, Garcia Marquez segue
para a Venezuela onde decorre a ditadura Perez Gimenez.
No dia 1º de Janeiro de 1959, às
tantas da madrugada, Garcia Marquez e a mulher regressam a casa vindos de uma
festa com amigos. Vêm com os copos, muito tocados. Moram num 6º andar. Chamam o
elevador. O elevador está avariado. São obrigados naquele estado a subir as
escadas. Começam a fazê-lo com grande esforço. Em cada patamar param e
sentam-se. Quando chegam ao 2º andar ouvem alarido da rua, buzinas, cantorias
de festa. O instinto de repórter de Garcia Marquez nunca o abandonava, nem que
estivesse com os copos. Pensou num golpe de Estado contra a ditadura de Perez
Gimenez e deitou a correr escadas abaixo.
E não era um golpe de Estado na
Venezuela. Chegavam notícias da insurreição cubana. Baptista fugira. Fidel
Castro acabava de chegar ao poder. Garcia Marquez vai imediatamente para o
aeroporto e compra uma passagem para Havana. Entra em Cuba tendo como única identificação
um recibo de uma tinturaria que por acaso ainda conservava no bolso.
Garcia Marquez vai trabalhar para a
agência Prensa Latina. Fica primeiro em Bogotá. Mas em 1961 está na delegação
de Nova York da agência noticiosa cubana. Estava a acontecer Playa Girón, a
invasão americana da Baía dos Porcos.
- Eu estava no pior lugar onde se
podia estar. Se estivesse em Girón, a combater ou não, estava mais seguro do
que no escritório da Prensa Latina em Nova York. Estávamos cercados pelos gusanos - os gusanos eram os
cubanos anti-castristas que viviam nos EUA. - Quando souberam, da Baía dos
Porcos ficaram convencidos de que a revolução tinha acabado e cercaram-nos. Não
podíamos ter armas porque a polícia nos caía em cima. Como estávamos desarmados,
os gusanos sabiam disso e cercaram-nos e estavam prontos a dar cabo de nós.
Vigas de ferro e tubos. Era o que tínhamos para nos defendermos.
Garcia Marquez repisa: o trabalho
jornalístico e o trabalho literário: o mesmo procedimento: o material
informativo obtido de idêntica forma; em literatura a matéria é, como ele diz,
tratada a frio, cozinhada em fogo lento; em jornalismo dá-se-lhe uma volta e já
está.
- Mas, por mim, a origem e a
finalidade do trabalho são as mesmas: comunicar, comunicar experiências.
Um ano antes desta entrevista, Garcia
Marquez tinha feito uma declaração. Por causa da questão do Chile…
- Declarei… declarei e decidi… que
não trabalhava mais em literatura enquanto Pinochet estivesse no poder…
Afigura-se-nos certamente, hoje em
dia, coisa por demais lírica uma declaração destas. O mundo estar-se-ia
completamente nas tintas para a literatura de Garcia Marquez – ou de outro
qualquer. Pinochet não faria uma birra por saber que Garcia Marquez tinha
deixado de escrever romances, e nem por isso deixaria de ser ditador
sanguinário. Mas Garcia Marquez tinha em vista jogar com a própria celebridade,
produzir uma notícia, provocar um espectáculo comunicacional em torno da sua
declaração de autor mundialmente conhecido e muito lido. Acreditava ele que, de
uma maneira ou de outra, a declaração poderia afectar a ditadura chilena.
Nunca saberemos se afectou ou não.
Por mim, e pesando embora a notoriedade do escritor, continuo a achar que foi
uma atitude romântica e bonita, e que o de Pinochet como qualquer outro regime
caem conforme as circunstâncias de natureza política e/ou económica e não
literária ou artística. Mas também sei que ainda nesses tempos os intelectuais
– e mais quem os apreciava, incluindo eu - pretendiam fazer crer que a
actividade deles poderia ter reais – e factuais – repercussões na vida
política.
- Pelos meus 18 anos já tinha
publicado contos. Mas queria escrever um romance onde pudesse acontecer tudo.
Quando me sentei para meter mãos à obra, concluí, com modéstia, que me faltava muita
experiência de vida, muita experiência literária. E muita cultura. Cultura
literária e cultura geral que me permitisse, aos 18 anos, escrever um romance
onde acontecia tudo.
Foi escrevendo novelas e contos mais
largos, no entretanto. Escreveu até aquela que ele considera a sua melhor obra:
Ninguém Escreve ao Coronel. O romance
que metesse tudo continuaria pendente por mais uns anos.
Um belo dia, nos finais de 1964,
viajava ele com a mulher, Mercedes, e os dois filhos, para Acapulco, e durante
a viagem tem a revelação. E a revelação era o tom da escrita do romance onde
acontecia tudo.
O tom. O tom de escrita do tal
romance era tudo o que lhe faltava encontrar – e quem escreveu alguma vez
alguma coisa mais consciente e seriazinha sabe o quanto essa questão é capital.
Garcia Marquez achara o tom da
narrativa, e esse tom era nem mais nem menos do que o tom que a avó dele usara
para lhe contar histórias.
- Recordo que a minha avó contava as
coisas mais fantásticas num tom natural tão simples que era absolutamente
convincente.
Já não chega a Acapulco. Regressa a
casa e senta-se a escrever os Cem Anos de
Solidão.
Escrever, narrar, contar. Como
contava a sua avó. E de tal modo que nem ele se pudesse espantar com o que ia
escrevendo.
- Eu comunicava com toda a
naturalidade as coisas mais extraordinárias, que é como é a realidade nas
terras do Caribe.
Mas erguiam-se-lhe na frente alguns
mesquinhos obstáculos…
A sobrevivência. A
única maneira de escrever aquele livro era fechar-se num quarto e sair de lá
dois anos depois com o livro escrito, pronto, acabado. Mas a família vivia do
trabalho dele. Não poderiam parar de viver por dois anos.
- Nunca recebera um centavo pelos
meus livros anteriores. Vendia 500, 700 exemplares. E até sabia a quem eles
tinham sido vendidos.
Ele e a mulher, Mercedes, chegaram a
um acordo:
- Eu disse-lhe: façamos uma coisa… tu
encarregas-te do governo da casa por dois anos… e eu prometo encarregar-me do
governo da casa para o resto da nossa vida…
Uma questão de moral, sem dúvida
alguma.
Tinham um carrito. Empenharam-no. Mas
como ainda não estava totalmente pago tiveram que arcar com as prestações. Mas
foram-se defendendo e conseguindo viver. Dois anos. O livro saiu.
- Não há um único episódio de Cem
Anos de Solidão, por fantástico, extravagante, raro ou inverosímil que pareça
que não tenha origem na realidade de algo que eu vi, que me sucedeu ou me
contaram. E o que fiz foi tirar recordações desse baú de coisas velhas que é a
infância de um homem do Caribe. Comecei a dar-me conta de que a realidade não é
só a história importante nem os acontecimentos que afectam realmente alguém. É
também as superstições, os medos, as crenças, as alegrias.
O entrevistador pergunta se o mesmo
se passa com o livro que nessa altura Garcia Marquez acabava de publicar, o Outono do Patriarca. Não, não se
passava. O Outono do Patriarca era outra e diferente experiência literária.
- É uma espécie de luxo a que me dei.
Queria escrever uma novela que fosse um trabalho puramente poético.
O Outono
do Patriarca, segundo o autor, foi também muito bem aceite, embora, está
visto, não fosse o estrondoso êxito editorial que fora os Cem Anos de Solidão. Era um livro que requeria esforço de leitura,
esforço de compreensão por parte do leitor. Ele sabia que não estava a escrever
um livro de imediato sucesso de vendas. Sabia estar a escrever para leitores já
com um certo traquejo de leitura.
Garcia Marquez dá esta entrevista
(que eu acho linda), como disse, em Cuba. E fica estupefacto com as
estatísticas. Os cubanos ocupavam então, em média, 17% do tempo que tinham
livre para ler. Era uma percentagem esmagadora no contexto latino-americano.
- Encontrei aqui uma captação maior
do que em outros países onde se lê frivolamente, onde a gente lê uma ou duas
páginas, se aborrece e abandona o livro porque tem outras coisas a fazer ou
porque gosta mais de empregar o tempo com as tonterias da televisão. Aqui dou-me conta de que há 8
milhões de pessoas que lêem. Sabes bem que creio que o meu melhor livro ainda é
o Ninguém Escreve ao Coronel. Mas
entendo como uma espécie de desventura o eu ter tido que escrever os Cem
Anos de Solidão para que as pessoas enfim lessem o Ninguém Escreve ao Coronel. O que foi foi que os Cem Anos de
Solidão abriram uma brecha, estás a entender… e todos os meus livros
anteriores, que nem sequer tinham sido reeditados, começaram a ser solicitados…
Pensava ele que o fenómeno não era
muito justo. A obra dele era uma obra progressiva. A aprendizagem do ofício de
romancista notava-se na obra dele de livro para livro.
- Todo o processo pelo qual aprendi a
escrever está nos meus livros. À medida que ia escrevendo ia aprendendo…
A ordem por que os livros tinham sido
escritos teria alguma importância no conhecimento global do escritor.
- E o que se passou foi que me
conheceram ao contrário. E não sei se se iludem ou se se desiludem. Ou se
confirmam as esperanças.
Era como ler um livro de trás para a
frente. E a sorte dele era ainda estar vivo quando isso sucede, porque à
generalidade dos escritores aquilo acontecia já depois de mortos.
Tinha vantagens literárias o estar
vivo? Tinha. E tinha desvantagens. Vantagem: a satisfação de poder conversar
com as pessoas acerca do assunto; desvantagem: não pesarem a carne sem o osso.
- Hombre, pesam-te a carne com o
osso, o melhor com o pior, e isso traz os seus problemas…
O grande problema aqui tinha um nome:
a fama. Uma fama que se converte em trabalho.
- Isso quer dizer que o teu
emprego é seres famoso. Tens de continuar a existir contando com essa imagem.
Garcia Marquez, nesta época,
sentia-se a consumir a vida no contacto com as pessoas. Pessoas que
efectivamente não queriam nada a não ser falar-lhe. E de tal maneira o tempo se
lhe esvaía nesses contactos que acaba a transformar-se num ofício: o ofício de
ser famoso.
- As pessoas têm a impressão de que…
de que em mim há uma certa modéstia…
Modéstia, diz ele… e devo introduzir
aqui, de raspão, um dado meu, pessoal. Estive quase a conhecê-lo pessoalmente,
também. Mas ele estava no México. Passei, em 94, uns quinze dias na Colômbia,
em trabalho, vi alguma parte da Colômbia, e visitei a maravilhosa cidade de
Garcia Marquez. Cartagena de Indias – estava ele a construir, ou a restaurar,
um monumental complexo defronte do Mar das Caraíbas – e o que me constou foi
que ele não era propriamente um tipo modesto e que estava mesmo bem longe de
ser simpático. Aliás, as pessoas – que eram de certo modo das elites
colombianas da política e das artes – não tinham muito boa impressão pessoal
dele, achavam-no arrogante – e, pior um pouco, amigo de Fidel Castro. E estavam
fartos de bimbos estrangeiros que lá chegavam – como eu - e desatavam logo a
falar de realismo mágico, de cem anos de solidão, de Garcia Marquez, e então repetiam-me
a cada momento nosotros tenemos otros
escritores tan buenos como…
- Tenho tanta fama que não preciso
para nada de vaidade - diz ele na entrevista, e é bem pensado, acho eu. - Tenho
tanta fama que chegou o momento de me colocar a questão … que faço eu com esta
fama toda? Que devo fazer para lhe dar uma função útil?
Outra boa questão de moral. E a
solução para a questão de moral que se lhe pôs encontrou-a ele…
- Sim, creio ter encontrado a solução
correcta. É pôr esta fama ao serviço da revolução na América Latina.
Enfim… já se passaram demasiados anos
desde a data desta entrevista. A revolução na América Latina não sei nada dela.
Só sei que vão naturalmente desaparecendo os protagonistas do mundo que me
criou e que eu amava, e não sei desse mundo o que é que fica de realmente humano e melhor do que os economistas e os gestores. Sei é que não consigo
enxergar daqui nada que (me) preste. Problema meu – como diria a reformada da nossa (deles) assembleia.
Enfim, dessa revolução na América Latina... Gabriel Garcia Marquez morreu anteontem, com 87 anos e Fidel Castro, se não morreu, já está como há-de ir...
As nossas "referências" vão morrendo e o mundo vai ficando realmente cada vez mais pobre, mais entregue aos "ricos" (os mercados, os banqueiros, etc. etc.). Mas, pergunto (como o anúncio do canal 2) "PORQUE É QUE ESTE MUNDO SE ESTÁ A TORNAR TÃO ESTÚPIDO?"
ResponderEliminarObrigada, querido Joel, por mais esta excelente dissertação...
Gostei tanto deste "documentário" moral, como uma questão de SER! Assim se passam as ideias. Sendo Garcia Marques como era ou não, pela América Latina fez muito. Pelo conhecimento também. A intervenção (romântica que pareça) é uma necessidade de alma do artista. Penso.
ResponderEliminarAbçs