CAPITALISMO
O fascismo como estádio supremo do capitalismo?
Oh, como nos enganávamos! Como não percebemos que aparecerá
sempre alguém capaz de ir mais longe do que o que a correcção dos costumes e a
moral possam prever!
Como não pudemos imaginar que um estádio ainda mais supremo
(passe o paradoxo) do capitalismo viria a acontecer quando o capitalismo, para
triunfar, criasse o poder dos mercados e não hesitasse em destruir o próprio Estado se esse Estado lhe fizesse
frente às ambições?
O fascismo seria o estádio supremo do capitalismo quando o interesse capitalista configurasse até as funções do Estado.
Mas quando o Estado se tornou mais moral e menos aliado, o
imparável capitalismo engendrou melhor: destruir o Estado; actuar sem a
concorrência de outros valores de que normalmente o Estado fosse guardião.
E assim até ao paroxismo. Até ao aniquilamento das soberanias
nacionais.
E o estádio supremo do capitalismo é, está a ser, esse mesmo
paroxismo, essa aniquilação das soberanias nacionais pelo anárquico, imoral e
ilimitado poder dos mercados, o novo totalitarismo.
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