A
JIHAD PORTUGUESA
Um violentíssimo
atentado jihadista em Barcelona fez tantos mortos como a simples queda de uma
árvore no Funchal.
O terrorismo islâmico ainda
não chegou a Portugal? Pois não. E esperemos que nunca chegue. Para desgraças é
que já temos que chegue. Temos por cá os nossos jihadistas.
No Portugal interior
um tipo vai à noite ao café. Fica à conversa com os amigos. Olha para o
relógio. São horas de ir para a cama, até amanhã, malta. No trajecto para casa
passa por algumas zonas de mato e arvoredo e de caminho vai-se entretendo a
pegar fogo ao mato que há na berma da estrada. Chega a casa e vai-se deitar com
a mulher sossegado da vida.
Pois parece que isto aconteceu
mesmo lá para uma vila do interior. Assim, ou parecido, não deve ter acontecido
só uma vez. É a jihad portuguesa em acção.
A jihad portuguesa não
se contenta com o processo em marcha de desertificação do nosso interior pela
fuga desabalada dos naturais para o litoral à procura de melhor vida. A jihad
portuguesa quer levar a desertificação até ao limite. Se desaparecem as
pessoas, que desapareçam também as florestas, as casas, os animais, as culturas.
A jihad portuguesa sonha com um país deserto e negro, miserável e carbonizado.
Não falando já, à
colação da nossa jihad, de um jihadismo nacional marcado pelo sectarismo dos
chefes político-partidários, que ano após ano, em pleno flagelo dos incêndios
florestais, declamam na televisão o que é preciso fazer para acabar com o
flagelo, com a engraçada particularidade de nada fazerem do que dizem ano após
ano ser preciso fazer. Ano após ano. E de há muitos, muitos anos para cá.
Outra jihad é a dos
dirigentes e comunicadores do futebol a incendiar as almas clubistas até ao
desvario das claques legais e ilegais que disparam tochas ardentes a esmo em
ajuntamentos de milhares de pessoas. Impunemente, claro está.
O terrorismo islâmico
ainda não chegou a Portugal? Pois não. Provavelmente esses terroristas saberão
que temos cá, activo e militante, o fogo do nosso próprio jihadismo, o da estupidez,
o da impunidade, o de alguma obscura e colectiva maleita mental. Chega.
200% de acordo e nada mais a acrescentar.
ResponderEliminarExcelente. O sentimento é de acordo total. É um terrorismo à portuguesa e, como tal, completamente impune...Ao menos os outros sempre matam alguns terroristas.
ResponderEliminarAssino por baixo, meu velho amigo. Abraço!
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